Estava me sentindo
Velho, pois já tenho
60 anos de idade
E sempre eu venho
Notando que eu já
Estou perdendo sim
As forças e o vigor,
E tintim por tintim
Já procuro entender
A minha boa vida
Ao lado da Mulher
Intitulada D. Marisa.
Pois vivemos juntos
Há mais de 30 anos
No bom pé de serra
Do cantinho baiano.
Daí eu ia passando
Em um determinado
Lugar, e vi um senhor
No labor animado
E falando bem assim:
“Ora, quando eu ficar
Velho descansarei,
Porque não vou ralar.
Daí então, eu pensei:
O cara tem 80 anos
De idade, fala assim
No cantinho baiano,
E eu com apenas 60,
Já estou velho aqui?
Não, não sou velho,
Só um pouco já vivi.
Então, meu corpo já
Velho sim, se acha,
Mas a minha mente
É jovem com graça.
Um senhor com 80
Anos diz que quando
Ficar velho sim,
Descansará, ando
Mais novo 20 anos
Do que esse senhor,
Se sentindo um cara
Velho sim, já estou?
Ora, virarei o disco,
Não vou me sentir
Não, um velho por
Já ter 60 anos aqui.
Ainda sou um cara
Jovem, e mais novo
20 anos sim do que
Esse senhor. O povo
Que olhe para mim
E veja o meu corpo
Assim, semelhante
A velho, mas há gosto
Na minha caminhada
Durante esta vida
Que me leva com fé
Ao lado de D. Marisa.
Ora, se um cara com
80 anos, não se acha
Velho, e eu com 60,
Vou me achar? Passa
Essa ideia de velho
Pra quem não pensa
Em inovação na vida
E também não tenta
Se lançar para frente.
Então, eu não sou
Velho, ainda vou ser,
Como disse o senhor.
Isso é ter felicidade
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde ganhei a vida
Para viver assim feliz
Ao lado de D. Marisa,
Mulher que veio sim,
Da Fazenda Riachão,
Para trabalhar aqui
E doar o seu coração
Para este cara que
Ainda velho não é,
Mas ficará em nome
De Jesus de Nazaré.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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