Alguém indagou sim:
“O cara vivia notando
Que a mulher olhava
Para outro passando.
Ora, sempre passava
Por onde ela vivia
Demonstrando amor
Pelo esposo todo dia.
Agora, o que o esposo
Fará nessa vil situação
Que já causa ciúme
E dúvida no coração?”
É óbvio, o caso é sim
Implexo pro marido
E será para a esposa,
Eu acho um perigo.
Qual é a minha ideia?
Obviamente pode ser
Essa que exibo pra ti:
O marido precisa ter
Bastante cautela sim,
Paciência e tolerância,
Pra não se precipitar
Usando a ignorância,
E abolir sim o sentido
Da vida sobre a Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
E ninguém deve não,
Definir uma suspeita
Em dúvida, porque
Homens não aceitam
Decisão precipitada,
A qual pode causar
Um grande prejuízo
E não ter jeito a dar.
É melhor observar,
Ainda que fique
Notando até morrer,
É melhor que triste.
Que procure na vida
Evitar ciúme, julgar,
Descaso, abandono
E sobretudo o brigar.
Pois assim a coisa fica
Implexa e mais olhar
Aparecerá pra fazer
O seu esposo ciumar
E já ficar apaixonado.
Então é bem melhor
Demonstrar amor,
Que tudo ao arredor
Vai se encaixando
E ficando mais ligado
O coitado do amante
Que está apaixonado
Por uma mulher sim
Casada, e cada olhar
Que ela a ele dirige
Ele fica mais a desejar
E mais perto ele está
De uma triste vida
Ou de uma sepultura,
Pois a paixão proibida
Causa furor ao esposo
Que se sente traído
Por uma mulher que
Ama. Isso é um perigo.
Por isso o esposo não
Deve se determinar,
Ao se achar nervoso
Sim, para não praticar
Alguma besteira aqui
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Eu acho melhor ficar
Esperando o tempo,
E aceitar a decisão
Da mulher. O vento
Passa e carrega tudo,
Por que ficar assim,
Com ciúme e dor
No coração? É ruim
Sim carregar isso pro
Resto da vida.
“Mas pro olho não há
Cerca.” Diz D. Marisa.
Então, deixe ela olhar
E ele se apaixonar
Mais. Depois resolve
O problema sem ficar
Fora das normas sim
Do Senhor Deus
E das leis humanas,
Este é o parecer meu.
Pois tomar decisão
Afoita pode estragar
O sentido desta vida
E o gosto de remar
O barco que conduz
Ao marido pra vida
De contentamento.
Então, não crie briga,
Porque o olho é vivo
E ninguém lhe atalha
Olhar o que quiser,
E nem lhe atrapalha.
Porém, ninguém sabe
Qual objetivo do olhar,
Se é olhar de paixão
Ou sim, por admirar.
Eu acho melhor fazer
Sim, papel de bobo,
Pois assim, tudo vai
Cair na boca do povo,
E quando logo chegar
Ao esposo, aí sim,
O esposo deve saber
Tintim por tintim
E daí tomar a devida
Decisão, sem perder
A cabeça nem a paz
Que precisa pra viver
O resto de sua vida.
Pois quem achar que,
É dono de alguém,
A ideia não vai valer,
Pois ninguém é dono
De ninguém.
Ora, cada qual traz
Os traços que já tem.
Isso é algo nato sim,
Ninguém vai mudar,
E a melhor coisa
É o esposo deixar
A mulher determinar
A sua vida na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Intitulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E vivo com D. Marisa,
Obviamente, até aqui.
Mário Querino – Poeta de Deus
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