Eu sabendo de fatos
Já ocorridos na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Algo deu a entender
Que, a vida já está
Completamente fora
Da tradição do lugar.
Ora, quando eu tinha
Uns 10 anos de idade,
Eu levava leite sim
A uns 6 Km. Verdade,
Montado num jegue
Com cangalha e vasos.
Saía as 7h e voltava
As 12h, bem cansado,
Com sede e sim, fome,
E todo dia tinha que ir
Levar o leite pra fazer
Manteiga e queijo ali.
Hoje em dia, a vida já
Parece que perdeu
Seu bom sentido sim,
Aqui no cantinho meu.
Pois um adolescente
Só quer acessar sim
Esse famoso celular,
E isto já se torna ruim
Entre parentes, amigos
E amigas também,
Porque os direitos sem
Deveres aqui, ninguém
Quer fazer mais nada.
Isso é muito ruim:
O avô pediu ao neto
Pra fazer algo, assim,
Lhe respondeu: "Não.
Eu não vou não Vô."
Ora, a distância é sim,
300 m, longe ele achou.
Mas isso é por causa
Desses direitos sem
Os deveres. Pessoas
Do meu tempo vêm
Achando a Educação
E sim, a boa vontade
De adolescente ajudar
Aos avós de idade
Já estão em processo
De extinção na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Por que foi criado sim,
Direitos sem deveres
Pra criança e adolescente?
Não leve a mal os dizeres
Do Poeta Mário Querino,
Porque nada vem não,
Por um acaso à Terra,
Mormente ao sertão.
Na minha concepção,
Porque quem cria leis
Não precisa do auxílio
Dos filhos, e ainda sei
Que vivem em espaço
Seguro tendo na vida
Ocupação pra mente,
Sem raio de amigas
E amigos que possam
Desviar pensamentos.
É diferente de quem
Fica na rua o tempo
Todo sem fazer nada,
Isso é um perigo sim.
Por isso vivem tantos
Fora da Lei e tão ruins.
Obviamente por não
Fazerem nada aqui
Neste planeta Terra,
Onde eu nasci, cresci,
Trabalhando, e não
Me dei, não me dou
E espero não me dar
A uma vida de rancor.
Porque confesso sim,
Assim tão seguro?
Porque nasci, cresci
E sou velho, mas puro
Em meus princípios.
Sem carecer a Polícia
Me corrigir em lugar
De meus pais. Ora, fica
Aqui meus relatos sim,
Pois a vida hoje em dia,
Está caminhando para
Um surto ou pandemia
De não querer fazer
Mais nada na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Então, quem pôs esse
Mal costume no povo,
Foram os criadores
De leis, deram o novo
Direito as crianças sim
E aos adolescentes,
Que agora só faltam
Bater e engolir a gente
Que passa à Terceira
Idade. Isto é implexo,
Gente não é cria para
Ficar sem labor perto.
Pois minha mãe dizia:
"Mente desocupada é
Oficina do Diabo."
E quem na Terra quer
Um filho mimado sim,
Certamente no provir
Verá lágrimas de sangue,
Seja lá ou seja, aqui
Em meu amado Distrito,
Onde eu nasci, cresci
Sempre ajudando meus
Saudosos pais, e aqui
Estou vivendo na boa,
O trabalho que eu tive
Somente me ajudou
Para eu viver sim livre
Sem precisar a Polícia
Me corrigir ou mesmo
Tirar minha boa vida.
O trabalho é o segredo
De formar um Homem
De bem, de caráter sim,
E ainda com direitos
E deveres até o fim.
Agora, seja contra mim,
E mime o seu bom filho,
Que no futuro verás
Ele perder o seu brilho.
Quem trabalha já faz
Tantas besteiras que até
O Cão duvida, imagina
Quem aqui nada quer
Com a vida que Deus
Nos dá aqui na terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra!
Mário Querino – Poeta de
Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário