Está findando o ano,
Hoje já são 28 do mês
De dezembro, e todos
Estão ansiando, talvez,
Um ano bem melhor
Do que o ano de 2022.
Contudo, para mim,
Este ano sempre foi,
É e será até o seu fim,
Maravilhoso na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Ora, eu não achei não,
Nenhuma dificuldade.
Sempre trabalhei com
Fé, amor, boa vontade
E bom vigor também.
Ora, com deliberação,
Jamais terá algo ruim
Para tirar a satisfação.
Francamente, só uma
Causa me fez pensar,
Porém, jamais poderia
Essa causa eu evitar.
Alguém pode indagar:
“Qual foi a causa que
Você tentou impedir
E não pôde vencer?”
Resolvi tirar a barba,
Cortar o meu cabelo,
Vestir sim roupa nova,
Usar sapato de modelo
Moderno, pus óculos
Pra mudar a aparência,
E por fim, fiz de tudo
E a minha consciência
Continuou sim velha,
Dentro dos princípios
Dos meus ancestrais,
Que eu vi no Distrito
Intitulado Bananeiras.
Então a única causa
Que pôde tirar o gozo,
A minha paz ou calma
Foi querer ser mais
Jovem, e meu tempo
Não permitiu não,
E o contentamento
Teve que aceitar eu
Mais velho um pouco,
E se me meter a besta,
Eu vou ficar é louco,
E não mais novo não.
Quem quiser ficar,
Que fique, porém, eu
Velho vou lhe achar,
Porque já sou cônscio
Que ninguém para
O seu tempo não,
As rugas virão à cara,
Os cabelos brancos
Aparecerão na cabeça,
E se tentar evitá-los,
Faz o papel de besta.
Porque o suor tira sim
A máscara do rosto,
A chuva lava a cabeça
E a velhice com gosto
Já abrolha na sua vida.
Então, fiz um estudo
Sobre essa causa que
Hoje acho um absurdo,
Porque eu não deveria
Pensar nisso na vida,
Não serei mais novo
Ao lado de D. Marisa.
Por mais que estique
A minha pele aqui,
Por mais que eu tinja
Os cabelos, vou fingir
Que sou um cara novo,
Quer dizer, retocado
Com alvitres artificiais
Que deixa camuflado.
Mário Querino – Poeta de Deus
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