D. Marisa me inquiriu:
“Amor, qual lado
Da casa já queres sim,
Para deixares orando?”
Ora, o que redarguir?
Somente isso pra ela:
Em verdade, não vou
Ataviar, mas da janela
Para cá, eu enfeitaria,
Caso, eu fosse sim
Enfeitar neste Natal,
Que já é sim, pra mim
Um tempo que eu já
Acho muito triste,
Pois já traz desgosto,
Já perdi minha ledice
Ao ver muitos irmãos
Fazendo protestos
Por causa da inveja,
Ciúme e por certo,
Visando um poder
Que não lhes cabe
Mais não. Ora, que
Isso logo se acabe
Para termos alegria
Neste Natal de Cristo.
Por isso, ó D. Marisa,
Eu não acho lícito
Já ver a minha casa
Assim ataviada e ver
Ao mesmo tempo
Gente visando poder.
Daí a D. Marisa falou:
“Pois bem, vou ornar
O meu lado agora.”
E começou a pegar
Pote, cesto, Árvore
De Natal e fez sim,
Um Presépio. Após
Perquiriu para mim:
“Que tal, está bonito
O pequeno Presépio?”
O que eu responder?
Só isso: fará sucesso.
Alguém pode indagar:
“Creres em Presépio?”
Ora, crendo ou não,
D. Marisa fez o certo:
Já ornou o lado dela,
Do jeito que ela quis,
E eu não devo ser
Contra ela neste país,
Onde há Democracia
E liberdade religiosa.
O bom, é que ela fez
Coisas maravilhosas
Do lado que lhe cabe.
Então, não tenho não,
Inveja nem ciúme,
Dentro do coração.
O que eu devo fazer?
Ora, elogiar D. Marisa,
Por ter sim seu lado
Ornado e feliz da vida.
Sobretudo já votado
Para o amor de Jesus.
Ora, nada vem à-toa,
E nos faz bem a Luz.
Se eu não quis ataviar
O meu lado da casa,
Foi problema meu,
E não, desta amada
Mulher que cuida sim
Da minha boa vida.
Por isso parabéns
Para você, D. Marisa.
Mário Querino – Poeta de Deus
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