Hoje, eu tive um sonho
E vou compartilhar sim,
Com todos os amigos
Que quer saber de mim
Ou dos meus escritos,
Porque passo o tempo
Escrevendo algo sobre
Os meus pensamentos
E boas ações também.
Então, eu sonhei sim,
Na Chácara Santa
Maria, e para mim
É sim um bom motivo
Para eu redigir sobre
Algo que sonho aqui,
A minha alma pôde
Visitar um bom sítio
E lá ela viu e escutou
Um senhor rico sim,
Que buscou servidor.
Daí então esse senhor
Contratou um amigo
Para capinar na roça
De mato sim, crescido,
O mato já estava alto.
Ora, o senhor levou
O amigo para ver sim,
Como fazer seu labor.
Então o amigo vendo
E ouvindo a orientação
Do patrão, seu senhor,
Com boa fé e atenção,
O amigo começou sim
A capinar a sua roça
De bananeiras onde
Tinha sim mandioca,
Pés de manga, limão,
Abacate e mais coisas,
Que o senhor plantou,
Mas por ter fala doida,
Ficou contrariado sim,
Com o seu servidor,
Por que pra ele disse:
“Capine tudo, por favor,
Só deixe as bananeiras
E também a mandioca,
Quero ver bem limpa
Toda esta minha roça.”
Daí esse patrão se foi,
Seu servidor começou
A capinar sim o mato,
Logo após encontrou
Pequeno pé de manga,
Parou e disse: “E agora,
O que eu vou fazer,
Extrairei e jogarei fora?
‘Manda quem pode
E obedece quem tem
Juízo’.” E continuou
O seu trabalho, bem
Alegre e tirando tudo
Que na frente aparecia,
Só deixando mandioca
E bananeiras. Vai o dia,
E o patrão chegou sim,
E viu a roça já toda
Ou quase toda limpa.
Daí uma tristeza doida
Fez esse senhor gritar
No ouvido do servidor:
“Você é doido, amigo,
Por que você arrancou
Tudo?” O seu servidor
Respondeu: “Quem
Me mandou arrancar
Foi o senhor também,
Pois o senhor mandou
Só deixar a mandioca
E as bananeiras aqui,
Dentro desta sua roça.
‘Manda quem pode
E obedece quem tem
Juízo.’ Hoje o senhor
Me acusando vem.”
Daí o senhor já irado
Disse: “Vá se embora,
Sem direito a nada!”
O seu amigo implora:
“Me pague pelo menos
O meu dia trabalhado,
Pois o senhor mandou
E já tenho sim deixado
Como o senhor pediu:
‘Só deixe nesta roça
As bananeiras e sim
Também, a mandioca’.”
Porém o senhor usou
Um dizer muito duro:
“Você não conhece
Plantas? Você é burro?”
O seu amigo servidor
Somente redarguiu:
“Não sei se sou burro,
O senhor quem pediu
Pra deixar bananeiras
E também a mandioca,
Se eu deixei algo mais,
Dentro de sua roça,
De fato, me considero
Um burro sim,
Mas se eu não deixei,
Fiz o que pediu a mim
A minha querida mãe:
“Amarra o burro sim
Na orelha do dono.”
Ora, não culpe a mim,
‘Manda quem pode
E obedece que tem
Juízo.’ Se o senhor
Mandou, eu fiz bem
O seu trabalho aqui,
Eu vou me embora
Porém pague o dia
Pois ralei até agora.”
Ora, às vezes por falta
De vigilância no falar,
A gente toma prejuízo
Sem poder reivindicar.
Então, agora, já redijo
Este sonho e posto
Com fé e dedicação,
É disso que eu gosto.
Mário Querino – Poeta de Deus
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