Hoje, eu recebi a nota
Que me deixou atento,
Pois faleceu D. Elenita,
Mulher que no tempo
Em que eu cheguei sim,
Louco, sujo, com fome,
Descalço e maltrapilho,
Sem feição de homem,
Na sua casa. Ora, lá eu
Cheguei e me apareci
Na porta da cozinha.
Daí D. Elenita ao sentir
Minha presença disse:
“É o Zinho!” Chorando
De compaixão, foi logo
Então, me mandando
Entrar na cozinha sim.
Daí então, D. Elenita,
Pegou roupa, calçado
E duma forma bonita,
Me mandou tomar sim
Um banho para depois
Botar na mesa o feijão
Com macarrão, arroz
E frango cozido. Comi
Pouco como homem
Que vive nesta Terra
Ultrapassado de fome.
Chegando Sr. Everaldo,
O seu terno marido,
Me levou ao Hospital,
E atordoado e ferido,
Eu fui consultado sim,
E daí por diante tia
Nininha e D. Elenita
Passavam o seu dia
Comigo nos hospitais,
A fim de me verem feliz
Neste planeta Terra,
Mormente no país
Intitulado Brasil. Hoje,
Lágrimas já rolam sim
No meu rosto, porque
D. Elenita para mim
Foi mãe em São Paulo.
Por isso quero enviar
Na poesia aos parentes
E amigos o meu falar
De todo o coração sim,
Pois se eu naquela era
Não fosse reconhecido
Por D. Elenita, na Terra
Eu não existiria mais.
Por isso D. Elenita
Merece uma poesia
Do Poeta que já fica
Chorando de saudades,
E se eu choro por que
Eu amei essa senhora
Que salvou meu viver
Quando não via mais
Nenhuma solução.
Porém, Deus cintilou
A sua casa e o portão
Ficou aberto na hora
Em que eu cheguei
E entrei sem noção,
E na cozinha encontrei
D. Elenita, que tomou
Um grande susto sim.
Ninguém esperava não,
Alguém nem por mim.
Mas D. Elenita foi sim,
Uma Mulher forte,
Corajosa e caridosa,
Por causa dela a Morte
Não me tragou na era
Em que eu cheguei sim,
Muito louco na cidade
De São Paulo, a fim
De encontrar o saber
Que só me fez na vida
Perambular pelas ruas
Até achar a D. Marisa.
Graças ao Senhor Deus,
Que D. Elenita morreu
Já sabendo bem que
Está ditoso o viver meu
Ao lado de D. Marisa
E toda a minha família.
Então, que Jesus Cristo
Ilumine a sua trilha
Até chegar à Eternidade
E ficar com Jesus Cristo.
Eu espero lhe encontrar
Quando partir do Distrito.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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