Eu não sou de carregar
Ressentimento na vida,
Sobretudo ao lado sim
Da Mulher, D. Marisa.
Porém, eu quero rever
Os policiais que há 38
Anos me torturaram
Por eu ser cara afoito,
Quando ainda jovem
Ou boêmio sonhador,
Que percorria a Terra
À procura dum amor.
Chegando à São Paulo,
É óbvio, na Rodoviária
Do Tietê, os policiais
Sem busca necessária
Do motivo de eu estar
Naquela situação ruim,
Me bateram de forma
Que quase eu tive sim
O fim desta vida daqui
No planeta Terra,
Obviamente, não viria
Mais ao pé de serra
Intitulado Bananeiras,
Onde eu nasci, cresci
E vivo muito contente.
Por isso agora resolvi
Convidar esses policiais
Para vir me visitar sim,
Na Chácara Santa Maria
Onde cuido do jardim
Que eu construir com
Fé, amor e alacridade,
Para viver apreciando
E olvidar a mocidade,
Tempo em que eu vi
A Morte junto a mim,
Por incompetência
Policiais. Por isso o fim
Da minha vida ainda
Não chegou, pois eu
Agora, preciso mostrar
Que o amor de Deus
Por mim é profundo
E por isso minha vida
É muito importante
Ao lado de D. Marisa.
E aproveito o ensejo
Para exibir à D. Marisa
Os policiais que quase
Tiraram a minha vida
Há 38 anos na Capital
Paulista. Seria evento
De muita alacridade,
Porque hoje eu penso
Que todos já estão sim
Com avançada idade.
Ora, alguns devem ter
Morrido, em verdade,
Em verdade, e quem
Ainda estiver vivo, eu
De coração já convido
Em nome de Deus,
Para tomar um café
Bem quente e feito
Por D. Marisa, Varoa
De fé e amor perfeito,
De coração carinhoso
E de vida votada sim,
Pra Deus, Jesus Cristo
E também para mim,
E obviamente, para
Parentes, conterrâneos,
Amigos e todos da Terra.
Sobretudo os baianos.
Ora, quem ler este texto
Poético, sobretudo lá
No Estado de são Paulo,
Me faça o favor de avisar
Aos policiais que faziam
Proteção na Rodoviária
Do Tietê, dia 12/03/1985
Para mim é necessária
Essa comunicação sim,
Para eu agradecer tudo
Que eles fizeram sem
Precisão ou sem estudo
Sobre minha vida aqui
No planeta Terra,
Mormente no Distrito,
Meu bom pé de serra
Intitulado Bananeiras.
Certamente eles diriam
Com sorriso no rosto:
“Graças aquele vil dia
Em que nós te batemos,
E te pisamos a ponto
De sair sangue pela boca,
Hoje, estamos cônscio
Que valeu a pena sim
Aquele dia de tortura,
Senão fosse torturado,
Estaria com a criatura
Que lhe mataria de dor,
Vergonha e decepção,
E nada vem por acaso,
Essa foi sim a razão
De nós fazermos sim
O que fizemos contigo,
Tudo foi para o seu bem,
Hoje, vive num Paraíso
Ao lado duma Mulher
Que cuida de sua vida.
Por isso agradeça a nós
E à senhora, D. Marisa.
Mário Querino – Poeta de Deus
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8,
28)
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