Eu já dormi um pouco,
E durante o sono meu,
Sonhei que um cara
Bulia da Obra de Deus,
Achando que teve sim
O privilégio de ter
O pezão em seu corpo
Para muita gente ver
Que ele é privilegiado.
Ora, por se achar o tal,
Humilhava os outros
De pé fora do normal.
Daí ele se apresentava
Como gente do pezão,
E era admirado por
Muita gente no sertão.
Mas no fundo de tudo,
O cara era também
Conhecido como fogo
De palha, que ele vem
Com uma chama alta
E logo, logo se apaga.
O cara se tocou que
O pé não valeria nada,
Se não tivesse onde
Ele pisar. Tudo bem,
Ele reconheceu que,
Tudo que Deus tem
Feito e ainda faz aqui
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Ninguém deve mudar.
Porque se tentar fazer
Ficar menor ou maior,
Perderá o seu prazer.
Porque Obra de Deus,
É feita como Ele quis,
E se o homem tentar
Mudar, viverá infeliz.
Então o cara do pezão
Que bulia dos outros
Colegas e amigos que
Tinham o pé um pouco
Menor, ficou frustrado
Na hora em que ele foi
Usar seu pé, não pode
Levantar, e só depois
A perna tentou reagir,
Contudo, já era tarde,
Pois o tempo passou
E ele abafou a vontade
De se apresentar sim
De novo. Daí abaixou
A cabeça humilhado
E depois então, falou:
“Pra que serve meu pé
Tão grande, se já não
Tem na vida nenhuma
Força nem disposição?”
Ora, quando você ver
Um cara se bazofiando
Que calça 45, jamais
Creia, vive ganhando
Muitos sapatos sim,
E descalço continua.
Então é bem melhor
Você já ficar na sua,
Mesmo que tenha pé
Menor. Pois é melhor
Um pezinho acelerado
Do que grande, que só
Opera quando sonha
Que tem um espaço
Que ainda ajeita sim,
Força pra dar o passo.
Ora, quando Deus faz
Algo na face da Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Já é cônscio de tudo.
Então, não adianta ter
Curso ousando mudar,
Isso só perde o prazer.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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