Um senhor de idade
Já avançada foi sim
À Escola Infantil. Daí
Ele somente a fim
De usar o banheiro,
Perguntou: “Onde é
O banheiro da Escola?”
A “Pró” falou com fé:
“Siga esse corredor.”
O senhor seguiu sim,
E quando chegou... Viu
Tintim por tintim
Escrito sobre a porta
Dos banheiros assim:
MENINAS e do outro
MENINOS. “Pra mim
Nenhum serve.” Disse
O senhor de idade
Naquela boa Escola.
Aumentando a vontade
De usar o banheiro,
Foi inquirir de novo
“À Pró”, a qual falou:
“Mas também, idoso
Pode usá-lo, senhor!”
Daí o senhor falou:
“Não é para meninos?
Ora, velho eu já sou!”
Na sua compreensão,
O senhor agiu certo?
Pelo que eu aprendi,
O senhor foi correto,
Pelo entendimento.
Pois se o ambiente é
Para meninos, o que
Idoso vai fazer? Até
Aqui, só quem pode
Entrar, quem for sim,
Responsável pelos
Meninos, só a fim
De ajudá-los. Então
O senhor estava sim,
Certinho, não quis
Pagar mico. Pra mim,
Ele estava cônscio
No ambiente infantil.
É dessa Educação sim,
Que carece o Brasil.
Pois se todos fossem
Assim, como o senhor,
Ninguém invadiria
Espaço alheio. Eu sou
Tabaréu, nessa hora.
Por que, ó Querino?
Porque se o espaço
É para os meninos,
O que eu vou fazer lá
Sem uma permissão?
Ora, o senhor exibiu
A sua boa Educação.
Porque quem invade
Espaço alheio ciente,
Não tem não, saber
E nem é inteligente.
Mário Querino – Poeta de Deus
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