segunda-feira, 17 de julho de 2023

AO PARAR PARA REFLETIRMOS, VEMOS QUE, NADA VALE À PENA FORA DA UNIÃO

 


 

Mário Querino 17/07/2023

Ora, eu parei sim,

Um pouco e pensei

Em tudo que já fiz

E em tudo que sei

 

Sobre a vida daqui

No Planeta Terra,

Mormente no meu

Amado pé de serra

 

Titulado Bananeiras,

Onde nasci, cresci

E fico sim, refletindo

As coisas que aqui

 

Acontecem na boa

E às vezes na pior.

Mas hoje eu pensei

Em algo bem melhor,

 

Algo que me faz sim,

Achar que meu labor

Não vale não, a pena,

Ainda feito por amor

 

Já na Terceira Idade.

Isso me trouxe sim,

Uma dor de cabeça,

Porque para mim,

 

Tudo é passageiro,

E só me traz fadiga

Ao lado da Mulher

Titulada D. Marisa.

 

Agora, eu já com 61

Anos aqui na Terra,

Sobretudo no meu

Querido pé de serra,

 

Trabalho feito louco,

A fim de conseguir

Um lugar agradável

Para regozijo sentir

 

Até a Morte chegar.

Porém, hoje eu fico

Refletindo e já acho

Que o meu espírito,

 

Corpo e minha alma

Estão com desgosto

De trabalhar tanto

Sim, feito um louco

 

Por nada. Para que

Tudo isso me vem,

Se a Morte já está

Abeirando também?

 

Não seria melhor eu

Já parar um pouco

Para pensar melhor,

E deixar de ser louco

 

Neste vasto Planeta

Intitulado Terra,

Sobretudo no meu

Pacato pé de serra?

 

Será que, se aqui eu

Parasse, minha vida

Não seria melhor

Ao lado de D. Marisa,

 

Mulher que merece

Nota dez, pelo que é

Na minha existência

Que eu sigo pela fé?

 

Mas volto e afirmo:

Se eu não trabalhar,

Quem me dará sim,

O que eu precisar?

 

Então, ainda ferido,

Sou obrigado fazer

Algo mais na vida,

Até então, morrer.

 

Mas francamente,

Eu já perdi o gosto

De trabalhar assim,

É claro, feito louco.

 

Em verdade, é certo,

Trabalho com amor

E por amor as obras

Que faço, porém sou

 

Um cara que já visa

Meu final de labor,

Pois já não aguento

Fazer algo com vigor

 

E a mesma agilidade.

Por isso já me acho

Um Homem abatido,

Sem fé no que faço.

 

Às vezes contemplo

Da Chácara Santa

Maria, a linda serra

Que nos encanta,

 

Contudo, eu passo

Quase toda hora

Perto do Cemitério,

Onde na memória

 

Trago os meus pais,

Meus irmãos sim,

E meus concidadãos

Que eu já vi seu fim.

 

Ora, minha idade

Só me traz fadiga

E ilusão nesta Terra

Ao lado de D. Marisa

 

E dos meus amigos.

Por isso eu reflito

E vejo que perdi

Tempo no Distrito

 

Correndo atrás sim,

Do que eu não via

Na Chácara titulada

Santa Maria.

 

Agora, eu pergunto:

Vale a pena o labor

Que eu tenho aqui,

Mesmo com amor

 

E por amor ao bem

Da bela Natureza?

Será que tudo isso

Vai trazer a certeza

 

Que Deus está sim,

Preparando lugar

Melhor do que este,

E no porvir eu ficar?

 

Só sei dizer que eu

Breve voltarei ao pó,

Se tiver outro lugar,

Que seja melhor.

 

Mário Querino – Poeta de Deus  

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