Ora, alguém perquiriu:
“Qual é a boa regalia
Do Computador diante
À Máquina de Datilografia?”
No meu ponto de vista,
No tempo da Máquina
De Escrever, o povo era
Cheio de mais graça.
Por que Mário Querino?
Porque ela escrevia sim,
Com mais segurança
E fé, tintim por tintim.
Pois o que ela escrevia
Ninguém do Orbe Terra
Poderia não, modificar,
Imagina no pé de serra
Onde eu nasci e cresci
Usando a Máquina sim
A partir dos meus 18
Anos de vida, só a fim
De eu escrever poesias.
Nessa Era não tinha não
Máquina de Escrever
Pra esta boa população
Bananeirense, a não ser,
Uma Olivetti na casa
Do Sr. Joel Cardoso,
Que me emprestava
Para eu escrever ditoso
Os meus versos singelos
Aos Presidentes do Brasil
Como, Sr. Collor de Mello,
Sr. Fernando Henrique,
E já escrevi um livro
Ao Sr. Luiz Inácio Lula,
Mas já estava evoluído,
Eu também já escrevi
À Presidente Dilma,
Um pequeno livro sim,
Contente e feliz da vida
Com meu Computador,
Também já escrevi sim,
Aos Papas, João Paulo II
E Bento XVI. Para mim
Foi muito bom o tempo
Da Máquina de Escrever,
Porque eu não podia
Errar, para não perder
Uma folha de papel não,
Pois para mim era cara,
E muitas vezes eu corria
Atrás duma, coisa rara
Não faltar papel em casa,
Pois escrevia bastante
Durante as noites sim,
Para gente importante,
Como dizia minha mãe
Gildete (D. Dedé) aqui
Para eu poder respeitar,
E somente eu redigir
Coisa boa e edificante,
Pois um Homem sábio
Gosta de palavras boas
E bonitas. Ora, o Diabo
Muitas vezes nos traz
Palavra desrespeitosa,
E como mãe era uma
Senhora bem amorosa
De princípios familiares,
Ela sempre me dizia:
“Meu filho, a vida exige
Respeito, suas poesias
Sejam para alegrar sim,
Todo mundo, por que
Todo mundo merece
Ser feliz na Terra, e você
Tem dom da felicidade,
Passe para os outros,
Contente e voluntário,
Não vise nenhum pouco
Tirar proveito das obras
Que você escreve aqui,
Pois o seu maior ganho
Na Terra eu agora já vi,
Que é ter uma vida feliz
Mesmo sem dinheiro,
Pois o que você escreve
Alegra o Mundo inteiro.
Então, tenha o cuidado,
Para não fazer asneiras,
E ficar decepcionado
Aqui em Bananeiras.
Então, o respeito cabe
Aonde você chegar.”
Daí então, eu ouvindo,
Tinha medo de errar
Quando escrevia na boa
Minhas singelas poesias
Para enviar às pessoas
Que alegres recebiam.
Então a Era da Máquina
De Datilografia era bem
Mais segura a Escrita,
Por quê? Pois ninguém
Conseguia mais apagar
O que já era escrito.
Então, eu agora, tenho
Analisado sim, e visto
Muitas coisas que não
Dá para engolir calado,
Mas se for contra sim,
Será um condenado.
Pois de repente o autor
Apaga tudo, e a gente
Não tem como provar,
Ele se torna inocente.
Mas na Era da Máquina
De Escrever, não tinha
Como deletar o texto,
Dai então a prova vinha.
Claro, como eu sou sim,
Um velho moderno,
Uso meu Computador
Até dentro de um terno,
Igual gente importante,
Como dizia mãe Gildete,
Mesmo sem conhecer
Esta famosa Internet.
Por isso eu ainda tenho
Ao meu lado a Máquina
De Datilografia. Pois ela
É para mim uma Graça.
Mário Querino – Poeta de Deus
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