As festas tradicionais,
Obviamente, juninas,
Já se foram neste ano,
Foi uma coisa linda
Aqui na amada Bahia,
Sobretudo Pindobaçu,
Onde foram badaladas
Sim, do Norte ao Sul,
Do Leste ao Oeste,
As festas foram vistas,
Muita gente gostou,
Eram bons os artistas,
Mas teve comentários
Sobre os artistas sim,
Pois a tradição ficou
Pra trás. Já vejo assim:
Não posso viver não,
Como foram meus pais.
Ora, por que Querino?
Porque tudo se vai
Mudando a Cultura.
Já pensou, eu sendo
Bacharel com ideias
Dos meus pais aqui,
Onde viveram sim,
80 e mais anos nesta
Terra onde eu nasci
E não ignoro festas,
Do jeito que elas já
São para a nossa Era,
Sobretudo pra mim
No bom pé de serra!
Já ideou, a D. Marisa
Ser como foi sua avó
Ou a sua bisavó aqui!
Ela seria melhor?
Então no meu a ver,
Cada tempo tem seu
Costume e Cultura,
O Senhor nosso Deus
Fez a gente para ter
Desenvolvimento sim,
Não pra ser atrasados.
Agora, objete a mim:
O Senhor Jesus Cristo,
Seguiu sim a tradição
Que viveram aqui
Na Terra, Eva e Adão?
Pra quem ainda quer
Ser um tradicional,
Não usa hoje, veste
De folhas de vegetal,
Por quê? Não seria
Uma coisa muito boa,
Com roupa de folhas
Entre estas pessoas?
Será que ficaria assim
Airosa como D. Marisa,
Dentro deste vestido
Sim, tão feliz da vida?
A tradição de meu avô
Era andar montado sim,
Em cavalo ou jegue,
Porém, isso para mim
É algo ideal para nossa
Era? Você civilizado,
Quer ter um jegue para
Andar nele montado?
Assim são as festas
Do tempo moderno,
Cada ocasião perde
Sim um valor paterno.
Pois os meus avôs já
Viveram o seu tempo,
Os meus pais viveram
O deles, no momento
Vivo o meu, e assim
Por diante, na Terra
Mormente no meu
Amado pé de serra
Titulado Bananeiras,
Onde vejo mudanças
Ao lado desta Mulher
Repleta de elegância.
E se ela fosse como
Eva e eu como Adão?
Ora, deixo este povo
Festejar o São João
Como o seu tempo já
Oferece. Cada tempo
É um tempo na Terra,
E nosso pensamento
É evoluído sim, a cada
Dia que chega novo.
Se você não gostar,
Deixe é gosto do povo.
Mário Querino – Poeta de Deus
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