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Todos olham meu chapéu
E me chamam de tabaréu
Porque sou do sertão.
Eu não tenho preconceito,
Gosto muito do meu jeito,
Mudar não trago intenção
Todos olham meu vestir
E de mim começam a rir
Porque eu moro na roça.
Não tenho constrangimento,
Gosto do meu comportamento
E honro as mãos grossas.
Todos olham meu calçado
E dizem que é gozado,
Contudo, não fico receoso.
Porque é minha cultura
E não troco pela aventura
De um povo vaidoso.
Todos ignoram meu falar
E começam a me criticar
Porque falo tudo errado.
Não levo em consideração
Porque a minha educação
Recebi dos antepassados.
Todos me chamam de tabaréu
Por causa do meu chapéu
E do meu modo de vestir,
Pelo que gosto de calçar
E pelo meu jeito de falar,
Mas foi assim que aprendi.
Mário Querino – Poeta de Deus
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