Poeta - Mário Querino |
Numa cidade do interior
Havia um Prefeito,
Que era muito poderoso
E todos tinham respeito.
Sempre estava envolvido
Nas campanhas políticas,
Como já era conceituado,
O povo o achava cientista.
Na verdade, ele comovia
Uma parte da população.
Tocava a sua campanha
Com muita satisfação.
Porque tinha a certeza
Duma maioria do lado,
Mesmo sem fazer nada,
Tinha um bom grado.
Dominou a sua cidade
Por muito tempo.
Era um Prefeito honrado,
Tinha dom e talento.
Embora, não fazia nada
Em prol do Município.
Porém tinha o respeito
E todos temiam isso.
Depois de muito tempo,
Tudo começou a mudar,
Chegaram pessoas novas
A ponto de conquistar
A maioria da população.
E com o apoio político,
Quis então ser o Prefeito
Daquele pobre Município.
Mostrando o seu sorriso,
Começou a vida popular.
Foi eleito com muita raça
E tudo começou a mudar.
A cidade teve um brilho,
O comércio cresceu,
O povo ficou satisfeito
E o ex-prefeito morreu.
O povo deve analisar
A índole do candidato.
É óbvio, todos merecem
Ser um Prefeito de fato.
Todavia, precisa fazer
Algo que chame a atenção
Dos bons turistas
E também da população.
Quando alguém quer
Ser servidor público,
Deve visar coisas boas,
E não próprios recursos.
Precisa ter a ideologia
Realmente diferenciada
Querer o desenvolvimento
E uma cidade organizada.
Precisa fazer sua história,
Não baseada na corrupção,
Mas sim no bom grado
De toda a população.
Por mais riqueza que tenha
Um ser humano no mundo,
Isso jamais supera
Um cuidado profundo
Em prol de uma cidade,
Que lhe vê como chefe.
Se a pessoa foi escolhida,
É óbvio, porque merece.
Então deve se doar
E trazer amor no peito,
Reconhecer que a cidade
Vê-lhe como Prefeito,
Não como aproveitador.
Todo mundo sabe disso:
“Quem usufrui de algo alheio
Principalmente do Município,
Acaba-se na miséria!”
E com razão o Senhor,
Jamais vai lhe considerar,
Por mais que seja Doutor.
Mário Querino – Poeta de Deus
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