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Estava muito pensativo
Veio-me a ideia brilhante
E passo para os amigos,
Porque achei importante:
“Quem sabe, se as fábricas
E os alfaiates, extirpando
Os bolsos da nossa roupa,
A má fé que fica visando
Iludir nosso frágil coração
Para que tenha nos bolsos
Muito dinheiro e poder,
Quem sabe o nosso gosto
Fique bem mais saudável
A ponto de vivermos bem!
Pois a roupa com os bolsos,
É óbvio, todo mundo tem
A ambição de enchê-los.
Caso não tendo os bolsos,
Certamente fica limitado,
Conformado com o pouco
E todo mundo vai viver
Sem nenhuma ambição.
Um bolso seria suficiente
Para a roupa dum irmão.
Quem sabe a boa sobra
Dará para saciar o amigo
Que vive passando fome,
Nudez, frio, sem os livros
Para estudar e ser cidadão,
Com o mesmo direito
Que devemos ter na vida
Para vivermos satisfeitos!
Não faz bem uma roupa
Assim com tantos bolsos,
Enquanto vemos irmãos
Vivendo sem paz e gosto.
Não é permitido malotes
Nem as grandes cuecas,
Sendo, este meu projeto
Certamente não presta.”
Mário Querino – Poeta de Deus
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