Pesquisada no Google |
Estava assistindo o jornal
E tentei criar este adágio:
“Quem vive passando mal
Por causa dos pedágios,
Acho que a única solução é
Abandonar as boas pistas
E andar pelos atalhos a pé,
Observando coisas bonitas,
Ouvindo o cantar dos pássaros,
O relinchar dos animais,
Andando por altos e baixos
E pelo meio dos lindos matagais.
Passar pelas pontes pinguelas,
Se balançando querendo cair,
Refletindo as cachoeiras belas
Sem ninguém interferir.
Sem sofrer bárbaros acidentes,
Andando feliz e devagar,
Sem ter colegas imprudentes
Que tentam então, ultrapassar.
Na verdade, tem poeira
Ou até mesmo muita lama,
Porém, viaja a vida inteira
E de pedágio não reclama.
Ninguém coloca empecilho
Impedindo a boa viagem.
Ninguém diz isso ou aquilo
E jamais vai tirar a coragem
De seguir a estrada tranquila.
Sei que não é fácil aceitar,
Que o melhor você prefira,
Contudo, pare de reclamar.
Você tem o direito de tudo isso,
E vive assim reclamando?
Deixe a cidade, venha pro sitio,
Que jamais viverá pagando
Essa taxinha de pedágio.
Quer viajar no bom conforto?
Aprenda o meu sábio adágio,
Fique com o dinheiro no bolso
E viagem pelos atalhos a pé,
Você não vai gastar nada,
E vai andar como você quiser
Por essas símplices estradas!”
Mário Querino – Poeta de Deus
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