Ontem, eu engoli algo
Contra meu organismo
E não fiquei muito bem,
Vivi doente um período.
Tomei alguns remédios,
Ainda assim o mal-estar
Ficou dentro de mim,
Ora, para me desanimar.
Então a minha barriga
Se impou (como dizia
A minha mãe) de forma
Que vivi o resto do dia
Sem nenhuma graça.
Claro, à noite apareceu
E eu ficando pior sim.
Então, implorei a Deus,
E me deitei ali na cama,
Com esse mal-estar,
Mesmo assim eu dormi
Um tempo. Ao acordar,
Estava pior que antes,
E o que eu fazer estão?
Pensei: O que eu engoli
Me faz mal, a solução
É eu correr ao banheiro
E vomitar tudo isso.
E foi isso que eu fiz sim,
Em nome de Jesus Cristo.
Ao vomitar tudo, notei
Que dentro de mim tem
Um saco que acumula
Coisas podres também.
Claro, vomitei mais de 1
Litro de água fedorenta
E ainda cítrica, a ponto
Da casa ficar nojenta.
Enquanto D. Maria José
Dormia um sono suave,
Eu estava no banheiro
Fazendo o desagradável,
Digo, para D. Maria José,
Mas para mim era tudo
Que eu podia fazer aqui.
Através disso fiz estudo
Para descobrir quem é
Gente no planeta Terra.
Ora, vi que nada eu sou
Neste meu pé de serra.
Eu ponho um terno sim,
De linho preto e camisa
Branca, e até gravata
Pra me exibir às amigas
E aos amigos também.
Ora, uso perfume caro
Obtido com sacrifício,
De prioridade Boticário.
De fato, fico cheiroso
Por fora, que há gente
Para dizer: “Que lindo
E cheiroso!” Não ciente
Que dentro de mim há
Sim, um saco repleto
De coisas fedorentas,
Que ninguém perto
Fica para sentir o fedor
E ver tanta imundícia
Que há dentro de mim
E de quem aqui fica
Se achando o melhor.
Claro, ainda estou sim,
Com um mal-estar,
Mas isso terá um fim,
E só voltará quando eu
Desobedecer de novo,
A ordem do Médico,
Que diz para o povo:
“Não coma isso, ó amigo,
Que isso lhe faz mal.”
Como a gula fala mais alto
Do que um Profissional
Já experiente no corpo
Humano, o povo come
Tudo que der e vier.
Após chama pelo nome
De Deus, em nome
De Jesus de Nazaré.
Por isso deixei dormir
Feliz a D. Maria José.
Porque ela não está
Não, pronta para ver
Tanta imundícia e sentir
Tanto fedor, por eu ser
Um desobediente sim.
Ora, quem deve limpar
O banheiro, sou eu
Que fui pra lá vomitar,
Porque D. Maria José
Faz de tudo, cozinha
Até separado, para eu
Viver bem na terrinha
Intitulada Bananeiras.
Daí, eu desobedeço,
E como algo diferente.
Quem pagará o preço?
Obviamente sou eu.
Então a D. Maria José
Fica dormindo tranquila
E eu vomitando até
Sair toda a imundícia,
E depois sou obrigado
Lavar bem o banheiro,
E deixar perfumado.
Quando D. Maria José
Se levantar da cama,
Não perceber que fiz
Imundícia, nem chama
A minha atenção por
Ser um desobediente.
A minha mãe dizia:
“Se procurou, aguente.”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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