Poeta Mário Querino 16/04/2019 |
Como estudei para sair
Dos débitos e organizar
A minha vida financeira?
Agora, fácil posso achar,
Mas antes era impossível.
Então fiz um estudo
De toda a renda de casa,
Obviamente, somei tudo,
Claro, tintim por tintim,
E achei a nossa despesa
Que temos num mês,
E para minha surpresa,
A nossa renda é maior
Do que gastamos sim,
Dentro do mês em casa.
Agora, eu indago a mim:
Por que a conta mensal
Que pagamos é sim, tão
Alta a ponto de superar
Nosso ganho no sertão?
Claro, por comprarmos
Algo sem necessidade
E supérfluo no Distrito,
Aonde não há vaidade
Nem precisão de luxo.
Aqui dá para viver bem
Simples entre o povo
Que é simples também.
Mais uma vez pergunto:
Para que eu comprar
Um terno caríssimo
Ou barato, e não usar?
Pois vejo que ninguém
Usa no meu pé de serra,
A não ser, quem chega
Para visitar esta terra,
E ir à igreja evangélica.
Ninguém aqui aparece
Dentro de um terno,
Se aparecer desvanece
E acaba tirando também.
Porque se acha desigual,
Quer dizer, sozinho
Entre o nosso pessoal.
Então comecei a fazer
As minhas contas sim,
E agora vou organizar
Tudo, tintim por tintim.
Espero que vai sobrar
Uns reais para superar
A nossa conta vermelha
Criada sem precisar
De algo que compramos.
Isso é falta de noção,
Por isso hoje, eu parei
Para estudar a questão.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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