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| Poeta Mário Querino 15/04/2019 |
Alguém quis testar minha
Ideologia sobre a cachaça.
Então perguntou assim:
“O que neste tempo achas
De gente que bebe vinho
E pinga no planeta Terra,
Sobretudo, no Distrito,
Nosso bom pé de serra?”
O que responderei agora
Com sabedoria e caráter?
Certamente vejo que não
É descomunal, claro, até
Estando controlado sim,
Porque é curtição normal.
A cachaça é para gente,
E não se faz para animal,
A não ser, pra esse povo
Beber e se alegrar.
É óbvio, o sábio Salomão,
Só pediu para não se dar
Ao vinho, porque ele é
Escarnecedor e a bebida
Forte é alvoroçadora,
E traz dano para a vida.
Maria viu faltar o vinho
Na festa do casamento, lá
Já estava desanimado sim,
E começaram a se retirar.
Daí, Maria preocupada,
Foi comentar ao Senhor,
Ora, dizendo bem assim:
“Filho, o vinho já acabou,
A festa está desanimada,
Os chamados estão indo
Se embora, o que fazer?”
Jesus lhe olhou sorrindo
E disse: “Não é a hora.”
Mas logo resolveu tudo.
Mandou os serventes
Pôr água... E sem estudo
Transformou em vinho,
E a festa ficou animada
Com o vinho agradável,
É óbvio, vindo da água.
O Apóstolo Paulo avisou:
“Não beba somente água,
Mas tome também vinho
Pra evitar doenças.” Nada
Que o homem faz tem
Uma finalidade contra
Ele. Pode ser até ruim
Pra uns que encontram
Algo complexo na vida.
Porém, para quem faz
É a melhor coisa surgida
Na existência que traz.
Agora, eu indago assim:
A Santa Ceia sem vinho,
Tem algum sentido,
Ainda sendo pouquinho
Do mesmo vinho usado
Por quem bebe bastante?
Num aniversário que usa
Bebidas, seja refrigerante,
Não é pra alegrar o povo?
Quem beber demais,
Não poderá passar mal
E envergonhar quem faz
A festa de aniversário?
Então, eu não bebo,
Mas quem bebe alegra
O coração, isso percebo.
Por que eu não bebo
Vinho nem bebida forte?
Por me controlar, e vício
Não me dar a boa Sorte.
Ora, quem sabe, eu tome
Hoje um copo de vinho,
Obviamente em casa,
Quando estiver sozinho.
Amanhã, já convide sim,
Um amigo para beber,
E depois ele me seduza
Para no Bar eu aparecer.
Por fim, eu já encontre
Vários amigos no Bar.
Daí o dia fique curto,
Volte se forem buscar,
Ainda dando trabalho
Para a esposa levar
Ou filho envergonhado
Por já ser velho e ficar
Sim, dando mal exemplo
Para filhos e neto.
Então é melhor eu não
Beber e ter o intelecto
Cônscio do que pratico
No Distrito de Bananeiras.
Afinal de contas, não
Vejo nenhuma maneira
De me regozijar assim,
Usando vinho e cachaça.
Porque é uma alegria
Que só traz desgraça,
E tudo isso, logo se vai.
Quando a festa passa,
Fica todo acabrunhado
Por causa da ressaca.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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