COMO FAZER SEM RECURSO, O QUE EU GOSTARIA SIM, DE FAZER PARA O PÚBLICO?

Poeta Mário Querino 02/03/2019

Quando o homem quer

Fazer algo importante,

Ele com a permissão

De Deus, segue avante.

Mas alguém pode dizer:

“Como fazer sem recurso,

O que eu gostaria sim,

De fazer para o público?”

Simplesmente só isso,

Que responder eu vou:

Quando o homem ama

Uma moça, faz por amor

Sacrifício e aventuras.

Se tiver medo de escuro,

Sua trilha fica alumiada,

O amor lhe deixa seguro.

Se tiver medo de animais,

Eles se tornam amigos.

Se temia essa violência,

Para ele não é perigo.

Porque sua paixão fala

Bem mais alto sim,

Que todo o seu medo.

Então, não fale pra mim

Que não faz nada por

Não haver recurso,

E sim, por não tentar

Fazer algo para o público.

O chefe diz que não tem

Grana para fazer a obra

Que beneficia ao povo,

Mas faz a sua casa nova

Pra agradar sua mulher

Que exige o melhor,

E se não fizer, ela deixa

Com a cara pra cima só.

Porém, como o amor é

Realmente muito forte,

Bem mais que a paixão,

Desafia até a Morte.

Se não tiver grana, rouba

Pra tê-la e fazer o gosto

De uma mulher amada.

Faltando força, disposto

Ele usa qualquer droga

Para encarar tudo

Que der e vier na frente.

Fica surdo, cego e mudo,

A fim de fazer o melhor

Para agradar a mulher

Que ama de coração,

Deixa Jesus de Nazaré,

Para viver a sua ilusão.

Nem que depois volte

Tudo novamente,

Ainda perto da morte.

Ora, quando o homem

Quer fazer algo mais,

Não tem impedimento,

Deus deixando, ele faz.

Entra em fornalha acesa,

Desce também à cova

De leões famintos,

Enfrenta sogro e sogra,

Rei e Rainha poderosos,

Derriba muralha forte,

Atravessa mar e rio,

Se sujeita até à Morte,

Consciente de uma cruz

Onde o mundo inteiro

Vai zombar dizendo:

“Desces, ó forasteiro!

Vais morrer por amor

Desse povo tão mal?”

Claro, quando o homem

Quer, faz para o pessoal

Ser beneficiado de algo.

Ele faz tudo bem-feito,

Para agradar alguém

Que lhe deixa satisfeito

Neste mundo de Deus,

Intitulado planeta Terra.

Assim eu penso

No querido pé de serra

Ainda o homem sabendo

Que a mulher tem marido,

Se o seu desejo for forte

Por ela, perde o sentido

E tenta então conquistar,

Já cônscio neste planeta

Que, receberá punhalada

No peito ou bala na cabeça.

Porque a ira do esposo

Apaixonado é tão forte

Que nenhum presente

Vai impedir a sua morte.

Então quando o homem

Quer fazer algo, ele faz,

Nem que a vaca tussa,

Pois o homem é capaz

De encarar tudo na vida,

Quando o seu coração

Se envolve no olhar sim,

De quem acorda a paixão.

Ninguém se justifique

Que não pode fazer

Algo sem antes tentar,

É tentando que vai saber

Se pode ou não fazer

O que agrada ao público.

Porque quem quer

Busca os seus recursos.

Mário Querino – Poeta de Deus