Poeta Mário Querino 27/04/2019 |
Alguém foi ao Mercado
Comprar algo de R$ 1,00,
Quando chegou no caixa,
Claro, com a cara de pau
Disse: “Anote, só depois
Eu virei aqui te pagar.”
O caixa disse: “Só R$ 1,00,
E não tens para me dar?”
Alguém comentou assim:
“Quem enrola num R$ 1,00,
Enrola em R$ 1.000,00,
Porque seu caráter é mau.”
Porém, logo chegou outro
Amigo com a fama de rico,
E o caixa o recebeu feliz.
Claro, alguém notou isso
Tintim por tintim, depois
Saiu triste do Mercado.
O rico fez a sua compra
De R$ 1.000,00 sim, fiado.
O caixa todo sorridente
Pôs num saco e mandou
No carro levar à sua casa,
E nota fiscal lhe entregou.
O tempo passou rápido
E no tempo determinado,
Quem não tinha R$ 1,00,
Ganhou e foi ao Mercado
Fazer o seu pagamento.
Daí então, o caixa falou:
“Muito obrigado, amigo,
Você é um bom pagador.
Quando precisar de algo
Não precisa nem vir aqui,
Só ligar, que eu enviarei.”
Alguém disse: “Eu vou vir,
Gostei do atendimento.”
Mais um tempo passou,
E o cara rico não foi lá
Pagar nada que comprou.
O caixa começou a enviar
Suas cartas de cobranças,
O cara rico não apareceu.
Ao perder sua esperança
De receber a sua grana,
Rasgou a sua promissória
E fechou o seu Mercado
Pra ele, até sua memória
Foi esquecida pelo caixa.
Porque ele lhe enganou
Em R$ 1.000.00, ainda
Com dinheiro, não pagou
A conta do seu Mercado.
O caixa parou, pensou
E disse: “Quem é honesto
Num R$ 1,00, o seu valor
Não há grana que pague.”
Então, analisando o texto,
Percebi que, a aparência
Demonstra o bom apreço,
Mas seu comportamento
É de pessoas enroladas.
E quando é cobrado juros,
Uma confusão é formada.
O desonesto num R$ 1,00,
É em R$ 1.000.000,00 sim,
Basta ter a oportunidade,
Redijo e afirmo até o fim.
Porque não tem roubo
Grande nem pequeno,
A intenção é a mesma,
Matuto isso e entendo.
Mário Querino Poeta de Deus
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