Poeta Mário Querino 07/04/2019 |
Alguém indagou assim:
“Por que escreve grátis
Todo dia para o povo,
Ainda sem o destaque
Por falta de dinheiro?”
O que devo responder?
Obviamente só isto:
Pelo meu reconhecer,
Pois eu era um louco
E zanzava pela Terra,
Distante da família
E amigos do pé de serra,
Os quais me observam
E indagam: “Como esse
Cara voltou ao normal
Com todo esse interesse
Nas palavras de incentivo,
Paz, amor e sobretudo,
De fé em Jesus Cristo?
Investiu nos estudos
Somente pra viver assim,
Escrevendo de graça
Para o mundo inteiro,
E ainda na vida acha
Que é um cara ditoso?”
O que devo confessar
De todo o meu coração?
Ora, ainda que precisar
Eu carregar pedras, lixo
E trabalhar com fome,
Sede, nu, descalço e doente,
Eu levarei com fé o nome
Do Senhor Jesus Cristo,
Voluntário aos amigos
Bons e maus, quer dizer,
Maus para o povo. Digo
Que para mim não há
Ninguém mau, aceito
A sua fraqueza e gosto
De ser assim, é direito
Que tem na sua vida.
Pois no dia em que não
Sustentar a sua cruz,
Mudará a sua direção.
Reconhecerá que Jesus
Está pronto pra ajudar,
Guiar no bom caminho
E vida eterna lhe dar.
Então, reconheço tudo
Isso que Deus fez e faz
Por mim neste Distrito,
Claro, hoje sou capaz
De escrever de graça
Dia e noite, noite e dia,
Sem nenhum altercar,
Mas sim, com alegria,
Sobretudo, sem visar
Um salário em troca
Das palavras escritas
E faladas aqui na roça.
Deus diz: “O justo
Vive por fé.” Hoje vou
Vivendo neste mundo
Em nome do Senhor
Deus nosso amado Pai,
E acho que é ingratidão
O filho fazer uma obra
Para o pai com ambição,
Digo, auferindo mais
Grana do que quando
Faz para um estranho,
Nisso fico pensando.
Se Deus me restaurou
Da loucura, dos vícios
E de toda maldade,
Me dá saber no ofício
Para com inteligência,
Paz, amor e encanto,
Eu mostre ao povo
Que ler em todo canto
E crer na sua Palavra,
No seu poder e amor.
Isso acho gratidão
Para com o Pai e Senhor.
Se um filho trabalhar
Para seu pai visando
Ganhar mais dinheiro
Do que está ganhando
Das mãos de estranho,
Posso pensar assim:
“Ele tem olho grande
Em você e em mim.”
Ainda que deva a Deus
E a todos da Terra,
Minhas palavras são
Grátis no pé de serra.
Ainda que eu carregue
Pedras e também lixo,
Com fome, sede e doente,
Noticio o nome de Cristo
De graça. Pois reconheço
Tudo que Ele fez e faz
Em prol da minha vida,
De Maria, Alejandro, Acaz,
Vanessa, Luisiane e Brad,
Em favor de quem ler
Minhas palavras poéticas
Que divulgo com prazer,
Alegria, virtude e amor.
A fim de que o povo
Reconheça que Jesus
Nos dar caminho novo.
Mário Querino – Poeta de Deus
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