Hoje, eu conversando
Sim, com a D. Marisa,
Claro, sobre a vivência
Que temos nesta vida.
Daí me veio a loucura,
A ponto de eu indagar
Sobre a minha partida,
Quando Deus chamar.
E onde até chegamos
Com esse triste teor,
Que pode até deixar
A gente já com a dor
Duma grande saudade,
Após uma separação?
Daí então, eu convidei
D. Marisa, de coração,
Usando toda a minha
Experiência na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Francamente assim:
D. Marisa, não quero
Partir e te deixar aqui,
Por isso eu te espero,
Porém, antes de tudo,
Eu queria saber: se eu
Partir a senhora irá
Comigo? D. Marisa deu
Um suspiro e me disse:
“O difícil é eu querer ir,
Pois tudo vem de Deus,
Não vou prometer a ti.”
Daí eu amenizei o teor
Dizendo bem assim:
Podemos ir até juntos,
Contudo, para mim
Não vai adiantar nada,
Porque mesmo indo
Pela mesma trilha, não
Verás Mário Querino,
Nem Mário Querino
Saberá se a senhora
Vai sim, nessa trilha
Consigo nessa hora.
Ora, eu acho melhor
A senhora aqui ficar
Pra ver a minha saída
Ou eu ficar e apreciar
A sua partida. Então,
Irmos juntos não dá
Certo. Por que Mário?
Porque ela vai estar
Comigo no mesmo
Caminho, mas eu não
Sei nada dela e nem
Ela de mim. Daí Então,
É melhor nessa hora
Ela ficar e eu partir,
Senão, ela viajar
E eu ficar sim só aqui,
Mas pelo menos, eu
Ainda sentirei falta
Dela ou ela sentirá
De mim. Assim passa
O nosso tempo sim
De conversa aqui
Na Chácara Santa
Maria, onde eu senti
Que a vida é melhor
Aqui do que lá fora,
Onde eu não tinha
O amor da senhora
Intitulada D. Marisa.
Por isso não faz bem
A gente pensar não,
Nessa vida do além.
Vamos aguardar ela
Chegar, porque virá
Sem demora. Então
Daí, paramos de falar
Para vivermos agora
O nosso presente.
Porque é esta vida
Que interessa agente.
A vida do porvir cabe
Ao Senhor nosso Deus.
Então, viva D. Marisa
E viva também eu.
Mário Querino – Poeta de Deus
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