Hoje, está havendo
Sim, uma festa aqui
Em nosso Distrito,
Lugar onde eu nasci,
Cresci e ainda estou
Firme, esperançoso
E vivendo feliz entre
O povo maravilhoso,
Meus compatrícios.
Então, como hoje é
Sábado de Aleluia,
Claro, o povo quer
A boa festa depois
Da queima de Judas.
Mas desde de cedo
Há folia, sem dúvida.
A origem dos caretas
Pode estar ligada sim,
Às festas do proveito,
Por isso eles até o fim
Andam fantasiados
Com chibatas na mão,
Chocalhos e rostos
Ocultos, sem exibição.
Essa gente que brinca,
Acolhe sim, oferendas
Para edificar uma roça
Que eles defendam.
No Sábado de Aleluia,
Malham sem dúvida,
Espantalho que finge
Ser o apóstolo Judas.
Então é uma cultura
Que já temos aqui
Em Bananeiras lugar
Onde eu nasci, cresci
E estou ainda vivendo
Ditoso com esta vida,
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa,
Que vê o espantalho
Sendo sim queimado
E não, como deveria
Ser. Como? Malhado.
Porém, cada cultura
Tem a sua maneira,
De se divertir neste
Dia. Em Bananeiras,
Não malham Judas,
E sim, botam fogo,
Pra verem virar cinza.
Ora, na hora o povo
Se afasta do boneco
E uma espada acesa
Percorre pelo arame
E topa nele, queima
E escutamos pipocos
De bombas pequenas
E da esperada bomba
Que extingue a cena.
Daí então, já começa
A dança do Sábado
De Aleluia. Só assim,
Voltemos ao passado.
Mário Querino – Poeta de Deus
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