Alguém inquiriu assim:
“Se privas, já é visando
A vida eterna no Céu?”
Então, parei pensando
Nessa boa inquirição.
Depois tentei explicar
Segundo o meu ponto
De vista: Pra começar,
A vida começa quando
Já somos ideados. Daí
Nascemos, crescemos
E vivemos sim até aqui,
Quer dizer, já achando
Que após morreremos,
E para muitos, acabou
A vida, mas eu entendo
Que não acabamos não,
De viver, pois o corpo,
Se acaba, e quem já viu
Aqui um espírito morto?
Ora, quando uma vida
Surgem aqui na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Jamais ela morrerá,
Obviamente, o corpo
Voltará ao devido Pó,
E não ficam mortos
A alma nem o espírito.
Se eles votam ao Pai
Para o Céu, vão vivos
E não mortos. Deus vai
Fazer papel de besta,
Criar o Homem amado,
Imagem e Semelhança
Sua e após ver torrado
Nesse fogo do Inferno?
Quem faz algo de valor
E após toca fogo, cara?
Ouça sim, seu Pregador,
Mas não tenha medo,
Quando ele falar isso:
“Você vai pro Inferno?”
O Senhor Jesus Cristo,
Veio fazer o que aqui?
Salvar esses santarrões
Visando prosperidade
Aqui entre religiões?
Enquanto almas vivem
Com sede de palavras
Edificantes e sinceras,
Faladas entre lágrimas,
Sem fingimentos aqui
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Então, se eu me privo,
Não é por já pensar
Na vida eterna no Céu,
E sim, pra melhor ficar
Neste vasto planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Porque tenho certeza
Que, desde quando eu
Fui ideado para nascer,
Esta vida Deus me deu
Num corpo semelhante
Ao seu. Ora, Deus seria
Besta, para me jogar
Onde Pregador todo dia
Fala sim ao povo que
Não segue sua Religião,
Ainda que siga outra
Sobre este vasto Chão?
Qual o pai de Família,
Ainda sendo Pregador,
Pega o seu filho ruim
E entrega ao Tentador
Pra ele levar ao Inferno
E lá tocar fogo nele sim?
Ora, só ver morrer aqui
Porque o corpo tem fim,
Que seja hoje, amanhã
Ou depois. Mas prefere
Vê-lo sofrer do que ver
Ir pro Céu. Ora, espere
Deus queimar sua Obra
Aqui, somente por não
Frequentar não, a sua
Ou qualquer Religião!
Então, me comporto
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
Não é com medo não,
De perder vida eterna,
Porque já sou cônscio
Que não irei com pernas
Próprias. Ora, nesse Dia
Que irei, quem conduz
A minha alma e espírito,
Obviamente é Jesus.
Afinal de contas, a vida
Só usa o meu corpo
Pra se manter na Terra
Por apenas um pouco
De tempo, se eu zelar
O meu corpo, eu terei
A vida ditosa comigo,
Se não, eu entregarei
O meu corpo à Terra,
E o fôlego da vida vai
Regressar para o Céu
E ficar com Deus Pai.
Então, quem se acaba
É o corpo e não a vida.
Por isso me comporto
Diante de D. Marisa
Que cuida bem sim
Do meu velho corpo,
Pra não ver sofrendo
Como sofrem outros
Que não têm o apoio,
Paz, amor, paciência,
Tolerância, gratidão
Ledice e benevolência.
Então, quanto mais
Eu me privar do mal,
Mais ainda a vida dará
A mim um bom ideal.
E sobre a vida eterna,
Não há preocupação,
Quem tiver seu temor,
Continue na Religião,
Sem nenhum problema,
Vivo bem, só contemplo
Os escândalos que há
Nesses novos templos.
Mário Querino – Poeta de
Deus
"Mas, como está escrito, 'o que Deus preparou para os que amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu'." (1 Cor 2,9)
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