Como foi o meu dia
Nesse domingo sim?
Ora, foi de trabalho,
Realmente, pra mim.
Eu puxei sim enxada
O dia inteiro na roça
Para fazer o melhor
Que D. Marisa gosta.
Ora, alguém pode
Perguntar com vigor:
“Mas domingo não
É o Dia do Senhor?”
O que eu redarguir?
Claro, somente isso
Para todos da Terra,
Sobretudo do Distrito,
Titulado Bananeiras
Onde a minha vida
Me leva com gosto
Ao lado de D. Marisa:
Por isso que eu ralei,
Por ser do Senhor
Esse Dia de Domingo,
Porque eu não vou
Trabalhar não, no dia
Do Diabo (se existe
Esse funesto dia aqui),
Pois deve ser triste,
E eu não me alio com
Nenhuma tristeza,
Sempre busco alegria
Entre nossa natureza.
Por isso eu gosto sim,
De ocupar a mente
Para não pensar não,
Asneiras entre gente
Que depois vai falar
Mal de mim a própria
Coisa, como fala sim,
Por eu estar na roça
Fazendo algo de bom
Para regozijar a vida
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa.
Ora, só seria ruim se
Estivesse ambicioso
Para eu alcançar algo
E maltratar o povo.
Mas, como trabalho
Porque eu gosto sim,
Não há não, nenhum
Problema contra mim.
Ora, é melhor ocupar
A minha mente aqui,
Do que eu fazer sim,
As besteiras por aí.
Como hoje já começa
Aqui o segundo dia
Da semana e primeiro
Dia de labor, a alegria
Dobra na minha casa,
Porque a minha vida
Continuará no labor
Ao lado de D. Marisa.
Se eu já trabalhei sim
No dia de ontem, eu
Vou trabalhar mais
Por fé em nosso Deus.
Ora, a minha mãe já
Dizia: “Quem nada faz,
Deixa a mente abeta
Para entrar Satanás
E fazer o que ele ama:
Colocar minhocas
E exibir aparentemente
Algo bom, e na roça
Ele pode muito mais
Por encontrar gente
Sem boa informação,
Pois ele ilude e mente
A fim de ver homem
E mulher maus vistos,
Sobretudo neste meu
Apaziguado Distrito
Titulado Bananeirais,
Onde eu nasci, cresci
E trabalho com amor
E por amor a quem vi
Na minha mocidade
E se apaixonou por
Mim e eu sim por ela.
Por isso amo o labor
Para ocupar a mente
E alguém não querer
Se intrometer não,
Durante nosso viver.
Mas quem não quiser
Trabalhar nenhum dia,
Não tenho nada a ver,
É parte da sua alegria.
Eu trabalho por saber
Que o meu Senhor
Ama os que trabalham
Com boa visão e amor.
Por isso eu não quero
Ficar sem nada fazer,
Pois mãe Dedé dizia
Sim, com muito saber:
“Cobra que não anda,
Não engole sapo.”
Daí eu lhe respondia:
Eu concordo, de fato,
Porém, não leva não,
Nenhuma paulada.
Então, para me ver rir,
Mãe para mim falava:
“É melhor morrer sim,
Com a barriga cheia
Do que com fome ou
Pegando coisa alheia.”
Então, o trabalho não
Mata, deixa fatigado,
Mas ao tomar banho
Tudo já fica animado.
Então, esta é a minha
Animação na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra
Onde vivo muito bem
Com a minha vida
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa.
Mário Querino – Poeta de Deus
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