sábado, 20 de agosto de 2011

DESCOBRINDO A VERDADEIRA FELICIDADE


Distrito de Bananeiras


Eu tentei compreender...
Então começo a escrever
Muito, muito cauteloso.
Porque quero explanar
Um assunto que está
Confundindo este povo.

Eu ouvi de minha mulher,
Minha amada Maria José,
Que as amigas têm sorte.
Então eu pude entender
Que ela quis me dizer:
“Precisamos ser fortes.”

O que posso responder,
Que lhe amo pra valer.
Ela pode bater no peito
E dizer com fé assim:
“Deus escolheu pra mim
Este homem do meu jeito.

Sou a mulher mais feliz
Que existe neste país
Ou em todo o Planeta.
Então não devo me iludir
E achar ruim se não vir
O que pensa esta cabeça.

Eu vejo essa amiga rica
Que em sua mansão fica,
Sozinha e constrangida
Por ter um grande valor
E o marido dando seu amor
Para suas intimas amigas.

Nem sempre a riqueza traz
A felicidade e tudo mais
Que o ser humano deve ter.
No mundo tem fazendeiro
Que tem de tudo primeiro
E nem de tudo pode comer.

Pois tem estômago ferido
E vive então constrangido
Diante de tanta riqueza.
Não pode comer quase nada,
Enquanto o servo e a criada
Desfrutam de sua nobreza.

Existe no mundo empresário
Que produz o necessário
Pra saciar a fome da nação
E não pode experimentar,
Pois o organismo não está
Fazendo uma boa digestão.

Por isso vive assim triste
E nem se lembra que existe
Sua Empresa de alimentos.
Enquanto seus operários
Comem e bebem o necessário,
Ele se farta de lamentos.

Tem fabricante de roupas
Que desfruta de poucas
Por causa de uma alergia.
Enquanto o povo pobre
Veste-se como nobre
Usufruindo sua alegria.

Tem fabricante de sapatos
Que sempre anda descalço
Porque não pode calçar.
Enquanto seus empregados
Andam bem calçados
Usufruindo em todo lugar.

Tem fabricante de carros
Que não larga o cigarro
Tentando tirar do coração
Toda a sua tristeza
Por fabricar tanta beleza
E vive sobre um colchão,

Constrangido e triste
Por ter chegado a velhice
E não poder mais dirigir
Nem a sua própria vida,
Que era tão bem sucedida
E agora vê outro usufruir.

Tem fabricante de avião
Que anda a pé pelo chão
Porque não pode voar.
Pois tem uma falta grande
De circulação do sangue
E o Médico manda caminhar.

Enquanto tem outra pessoa
Que sobre ele sempre voa
Usufruindo de sua riqueza.
O empresário vê o seu avião
E fica pensando o coração:
“Isso só me traz tristeza!”

Existe dono de edifício
Que nem se lembra disso
E nem pode nele entrar.
Porque estranho nele mora
E o dono só vê por fora
Quando ele pode passar lá.

Tem Doutor especializado
Que vive sempre estressado
Pela Tecnologia e Ciência
Que lhe deram uma alegria,
Mas quem goza da sabedoria
É quem não tem experiência.

Tem na Terra também Poeta
Que faz uma coisa desta
Para impressionar outros.
Tudo isso eu acho fugaz
E o ser humano corre atrás
Hesitante igual a louco!”

Mário Querino – Poeta de Deus

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