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O Doutor apertou meu joelho
E eu quase chorei,
De dor fiquei vermelho
E um grande grito eu dei.
Então o Doutor perguntou:
“Está doendo tanto assim?”
Repliquei: Mais que a morte Doutor.
Então o Doutor falou pra mim:
“Você está transtornado,
Para falar uma coisa desta?”
Eu disse: Falo como sábio
E como um inspirado Poeta.
Esta dor é muito forte,
Estou falando a verdade,
É pior do que a da morte.
O Doutor viu minha seriedade
E de novo perguntou assim:
“Você já sentiu a dor da morte,
Para dizer isso pra mim?
Não dá pra entender seu dote!”
Eis aí Doutor, a minha razão,
Obviamente eu nunca senti.
Por isso tenho a convicção
Que dor igual a essa nunca vi.
O Doutor ainda me perguntou:
“Se você nunca sentiu,
Como sabe a intensidade da dor,
Se ainda em você não existiu?"
Respondi: Por isso eu digo
Que o Senhor acha que eu
Tenho que ser um fingido,
Dizendo que a morte doeu
Sem ela nunca ter doído
Nem me feito esse triste mal,
Jamais ferirei o desconhecido.
Seria um Poeta muito desleal
Se com a morte eu fizer isso.
O Doutor me compreendeu
E disse: “Nunca tinha visto
Este amigo Poeta de Deus.
Vejo que tem toda a razão,
A dor é aquela que sentimos,
Não existe outra não,
É óbvio, Poeta Mário Querino!”
Mário Querino – Poeta de Deus
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