Pesquisada no Google |
Num povoado do interior,
Havia um pobre lavrador
Que tentou se evoluir.
Então buscou a Tecnologia
Para mostrar sua sabedoria
Que no mundo pode adquirir.
Vendendo uma propriedade,
Pegou o Dinheiro, foi à cidade
E comprou um moderno Computador.
Ele não sabia operar,
Mas seu filho pode lhe ensinar
Porque ele se informatizou.
Quando ele já estava sabido,
Foi então proibido
De fazer o que mais queria:
Copiar para os amigos, CDs
E também importantes DVDs.
Pois dizem que é pirataria.
Então ele buscou saber divino,
E foi cada dia descobrindo
Que o homem oferece o mel
Para iludir as pessoas bestas
Que vivem botando na cabeça
A ideia de doce o que é fel.
De repente chegou a Polícia
E perguntou: “Onde fica
Esse fulano de tal?”
Aquele amigo tão medroso
Respondeu muito nervoso:
“Naquela casa. No fundo do quintal.”
Então a Polícia lá chegou,
E levou seu moderno Computador
E ainda lhe prendeu.
Os amigos começaram a caçoar:
“Vendeu quase tudo para comprar
O que nunca deveria ser seu!”
Então aquele pobre lavrador,
Um Advogado contratou
Para lhe tirar da prisão.
Na hora do julgamento
O Juiz disse: “Eu lamento,
Mas você não tem razão!”
O lavrador teve outra sabedoria
Que essa o Juiz não a conhecia
E lhe deixou muito curioso.
Então perguntou o lavrador:
“Pra que serve o computador,
Que é o aparelho mais cobiçoso?
Por que é assessorado de tudo,
Que até ouve, vê e não é mudo?
Pra que tanta sabedoria,
E essa famosa memória
Que revolucionou a história
E só faz pirataria?
Eu nunca fui bandido,
Agora vivo constrangido
Por causa desse desgraçado,
Que me fez vender a propriedade
Que eu consegui com dignidade
E agora estou aqui decepcionado!
O que vou fazer agora?
Joguei quase tudo fora
Por causa desse infeliz,
Que vemos tanta Propaganda!
Gente besta que se engana.
Por isso meu pai nunca quis
Deixar a sua roça por vaidade!
Essa é a falsa felicidade
Que ilude o homem moderno.
Aparentemente ele vê o céu
E por isso deixa tudo ao léu
Para viver neste inferno!
Agora o resto que tenho,
Gastando todo eu venho
Com este amigo Advogado,
Que não me restaura a dignidade
Que perdi em minha Comunidade
Por causa desse desgraçado!”
Mário Querino – Poeta de Deus
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