Poeta Mário Querino - 12/12/2017 |
Neste Distrito havia sim
Um senhor que vivia
Muito bem com a vida
E usufruía com alegria,
E prazer do que tinha.
Mas chegou um tempo
Que a esposa adoeceu,
Usando no tratamento
Quase tudo do pouco
Que tinha conquistado,
Ainda assim não livrou
Da morte, mas calado.
Há anos ele era casado
E com contentamento
Vivia com fidelidade,
Mas veio o sofrimento.
Quando a varoa feneceu,
Ele ficou muito abatido,
Tanto espiritualmente
Como financeiro, sofrido
Há anos neste Distrito,
Ficou também doente
E gastando sim o resto,
Família de muita gente,
Sem mãe e o pai assim.
Não deu outra, o povo
Começou a lhe ajudar,
Mas sempre com gozo
De sua vida no Distrito.
E ali deitado na cama,
Olhando para o telhado,
Positivo sim, ele clama:
“Se o Senhor meu Deus,
Me der a saúde de volta,
Eu conseguirei tudo sim,
Que perdi, e farei roças.”
Chegou a uma situação
Que viveu de esmolas.
Mas com a expectativa
Ao Senhor Deus implora.
E o Senhor Deus ouviu,
Mostrou medicamento
Que extirpou a doença,
Ele com contentamento
Ergueu a cabeça e tirou
O seu velho chapéu.
Daí feliz ele agradeceu
A Deus, olhando o Céu.
Voltou sim a trabalhar,
E fez muitas roças,
Plantou com fé feijão,
Milho e até mandioca.
Nesta época a farinha
Deu bom resultado,
Porque o preço subiu
E vendia na feira livre
Em Senhor do Bonfim
E Antônio Gonçalves,
Esse senhor não sabia
Ler, mas tinha vontade
De possuir algo próprio,
Ainda com a sua idade
Avançada, conseguiu
Comprar casa na cidade,
E uma boa área de terra
Em seu amado Distrito.
Viveu viúvo até fenecer,
Abençoado por Cristo.
Era contador de fatos,
Sempre eu ia à sua casa
Para ouvir seus casos
Que ele alegre contava.
Esta história que agora
Eu escrevo, eu já ouvi
Ele citando e assisti sim
O sofrimento, claro, vi
Com os meus olhos,
Ouvi com meus ouvidos,
E agora escrevo o fato
Para mostrar aos amigos
Que, quando temos fé,
Coragem e disposição,
Dá para fazer algo
Bom sobre este chão.
Mas de braços cruzados,
Vem a boa oportunidade,
Não consegue nada fazer,
Daí vemos a calamidade.
E não aceitando a dor
Ou a justa desfeita,
Começa criar as ideias
De sua própria cabeça
Que o povo arenga mal
Por causa da atuação
Nas áreas da sua vida
Por falta de disposição
E de fazer algo mais.
Vou usar sim uma rima
Para mostrar o nome
Do senhor, que ensina
A viver com inteireza
Para com o Senhor,
E lealdade com a varoa
Que sozinho lhe deixou,
Mas no plano de Deus,
Porém, com muita lida,
Fé virtude e vontade
Feneceu feliz da vida.
Então quem vê rimas,
Agora o nome merece
Ser notório, mas direi
Que é o amigo...
Mário Querino – Poeta de Deus
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