Poeta Mário Querino 06/12/2017 |
O calor cada dia aumenta
E o povo sempre reclama,
Porém, no passado pensa,
Como era a terra baiana.
Quando eu ia à nossa roça,
Na idade de quinze anos,
Tempo que jovem gosta
De ficar sim observando
Os peixes nadando no rio,
Riacho e tanque também.
Então nesse tempo o brio
Que os adolescentes têm
É de encantar o mundo.
Claro, em todo o Distrito,
Rio e riachos eram fundos,
Como jovens gostam disso!
A minha região era sim
Um manancial de água boa,
Os riachos e o Rio Aipim
Alegravam estas pessoas.
Não havia água encanada,
A nossa água era doce.
Agora, temos água salgada
Que o Governo nos trouxe
E nos fez como mendigos.
Que hoje vivo no Distrito
Um copo d’água pedindo
E a população sofre isso.
Como a água não gosta
De ver brigas por sua causa,
Já foi se embora das roças
E agora quer sai das casas.
E se o povo não parar
De tanta confusão,
De uma vez ela vai deixar
Abandonada a população.
A minha mãe já falava:
“Quando alguém briga
Por uma fonte de água,
Ela fica bastante sentida,
Decepcionada vai embora.”
É claro, ela serve de graça,
E esta população agora,
Por causa dela se ataca
Ofendendo um e outros.
Como a água não gosta
Disso, de pouco a pouco
Ela vai deixando as roças
Do Distrito de Bananeiras,
E se continuar assim,
Ela deixará as torneiras
E tudo ficará muito ruim.
Então vamos procurar
Agora a melhor solução,
Para nossa água agradar
As roças e a população.
Este mundo já tem sim
Uma avançada Tecnologia,
E poderá tintim por tintim
Resolver com sabedoria.
Na minha casa não tem
Água para fazer um café,
Mas animo o meu bem,
Minha esposa Maria José.
Se for para andar sujo,
Andaremos no Distrito.
De fato, é um absurdo,
Mas é um motivo lícito.
Como estamos pedindo
Água aos nossos parentes
E estão conosco dividindo,
Para que cabeça quente
Se o problema não vem
Sendo causado por mim,
Nem por Maria, meu bem?
Damos glórias até o fim
Ao Senhor nosso Deus,
Que não vai deixar faltar
Um copo d’água no meu
Pote nem no seu que está
Quase seco também.
Então confie no Senhor,
Que Ele te servirá bem
Na área em que duvidou.
Mário Querino – Poeta de Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário