Poeta Mário Querino 18/12/2017 |
Alguém perguntou assim:
“Como vais morrer?”
Falei: Boa pergunta à mim.
Mas Deus vai responder
Conforme a sua vontade.
Se não obteres resposta,
Indo antes, na verdade,
Não terás resposta. Possa
Até que alguém conheça
E veja a minha situação,
Mas não esquente a cabeça,
Não faremos afirmação.
Claro, não terás resposta
Pois não viu eu morrer.
Mas se eu falecer... Possa
Até alcançares com prazer.
Pois toda pergunta terá
Resposta convincente.
Basta em Deus esperar
Com muita fé e paciente.
Alguém ainda ousou
Perguntar assim de novo:
“Não teme à Morte, senhor?”
Sempre vejo nosso povo
Morrer, isso acho normal,
Claro, muitos lamentam,
Porém, é um fato Natural,
Os alinhados não pensam,
Quer dizer, não deveriam
Pensar que a Morte é
Ação que extirpa a alegria
De quem tem Jesus de Nazaré.
Já estou tão acostumado
Com ela que, na memória
Não existe espeço vago...
Eu cantaria hino de glória,
Se tivesse oportunidade.
Mas recomendo a família
Que não use calamidade
No meu velório. A trilha
Continua para os outros.
Ora, uns vêm e outros vão,
E o dia segue com gosto.
Por isso tenho satisfação
Por alcançar os felizes 55
Anos de vida. Sei, agora,
Tudo que redijo sinto
A paz e júbilo toda hora.
Então não quero tristeza,
Quando eu fenecer.
Porque com certeza
O melhor Deus vai fazer,
Uma maravilhosa Festa,
Nem vou lembrar daqui,
Quem quiser ver o Poeta
Procure a Jesus seguir.
Porque Ele é o Caminho,
A Verdade e a Vida.
Se eu não ando sozinho
Nesta estrada comprida,
Por que ficar preocupado
Por fatos que são certeza
Que a Morte tem atuado
Com finura ou esperteza,
Com sua decisão e justiça?
Quem tiver seus receios,
Eu respeito, e é coisa
lícita,
Contudo, eu agora creio
Que tomarei grande susto,
Darei susto, mas é preciso
Encarar diante do público,
Seja parentes ou amigos.
Que neste dia eu tenha
Um bom tempo para dizer:
Minha família agora venha
Me despedirei com prazer,
Convide os meus amigos,
Conterrâneos e em fim,
Todos os conhecidos
Que gostam de mim.
Tragam violão e cantem
Os mais belos hinos,
Pois irão sepultar bem
O Poeta Mário Querino.
O Poeta exigência não faz,
Nem com brincadeira.
Se for no Cemitério da Paz
Do Distrito de Bananeiras,
Agradeço a minha família,
Aos meus conterrâneos,
Que hoje já compartilham
Comigo no cantinho baiano.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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