Poeta Mário Querino 13/02/2018 |
Numa pequena cidade
Havia um senhor feliz,
Ainda com a sua idade
Já avançada nesse país,
Trabalhava com vigor.
E tudo que ele fazia,
Era em nome do Senhor
Que lhe dava sabedoria.
E por onde ele passava
Tudo era bem-sucedido,
Até seu chefe ciumava
Por vê-lo tão agradecido.
Era um varão abençoado,
A ponto do povo gostar
De seu trabalho realizado
Naquele pequeno lugar.
Certa ocasião seu chefe
Percebeu o seu labor,
E comentou: “Já merece
Deixar o seu bom setor,
Se aposentar para ficar
Mais uma vaga aberta.
Seu chefe queria revelar
A sua boa obra, na certa,
Porque causava inveja.
O senhor não tinha idade
De se aposentar, entrega
Sua vida à comunidade
Para fazer o melhor sim.
Por isso seu chefe queria
Que o senhor ficasse ruim
Para obter aposentadoria.
Mas o senhor, não queria
Ser um aposentado fora
Do seu tempo, pois dizia:
“Não quero ganhar agora
Um dinheiro sem suar.
Não tenho ainda a idade
Nem o meu tempo dar
Para fazer contabilidade
Dos anos que tenho sim
Trabalhado na empresa.
Não estou doente e ruim
Nesta terrinha sertaneja.
Acho que seja corrupção,
Ser homem aposentado
Sem findar a contribuição
E sem mal diagnosticado.
Mas o desejo de seu chefe
Não era porque o servidor
Carecia descansar. Parece
Que era porque seu labor
Chamava muito a atenção,
Tudo isso lhe incomodava,
E lhe tirando da função,
Pasmaria, assim ele achava.
Mário Querino – Poeta de Deus
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