Cheguei num mercado,
Procurei saber se tinha
Um sabonete adequado
Pra tirar a sujeira minha.
Minha linda atendente,
Olhou-me com um olhar
Que eu fiquei contente,
Mas não podia dialogar,
Pois ela estava no setor
De trabalho e seu tempo
Era para o comprador
Naquele estabelecimento.
Contudo, ela me mostrou
Um de embalagem bonita,
Com o nome “Senador”.
Mas pra mim olhando fica
E dar uma risadinha sim.
Então fiquei desconfiado,
E perguntei para mim:
O “Senador” é adequado
Para limpar toda a sujeira
Que incomoda o Poeta
Do Distrito de Bananeiras?
Ela intuiu isso, na certa,
Mas não quis perguntar,
Porque a indagação foi
Pensada, não ousei falar.
Ditos vão e vêm, depois
Ela assim me perguntou:
“O senhor não quer este?
É famoso este “Senador”,
Todavia, é seu o interesse.”
Então eu lhe perguntei:
Será que ele vai limpar
A sujeira que me deparei,
Para que eu possa andar
Limpo sem fedor de sujo?
Ela me sugeriu muito bem,
E mandou eu fazer estudo
Sobre o processo que tem
Esse sabonete “Senador”.
Então, cheguei em casa,
Liguei meu computador
E ciente dei pesquisada.
Então descobri algo
Que, nesta civilização,
Sabonete adequado,
Para achar não é não,
Tão fácil neste lugar.
Pois é grande a sujeira,
Que observando está
O Poeta de Bananeiras.
Já se tornou lunático,
Por isso ela já indicou
Sabonete de valor alto,
O famoso “Senador.”
Como o Poeta não é
Capaz de tirar a sujeira,
Procurou com muita fé
Noção a tarde inteira.
Mas ficou ainda sim
Em dúvida no “Senador.”
Pois vê tintim por tintim
A sujeira que ainda ficou.
Mário Querino – Poeta de Deus
Poeta Mário Querino 09/02/2018 |
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