Poeta Mário Querino 14/02/2018 |
Eu estava trabalhando
E alguém apareceu sim,
Ora, falando com ironia,
Dando risada para mim:
“Ei cara, desse jeito vais
Morrer!” Ouvi e respondi:
Estás sabendo hoje, irmão?
Pois desde quando recebi
O fôlego da vida a Morte
Disse pra mim: “Eu venho
Um dia te buscar, certo?”
Eu falei: Venha, não tenho
Medo. Claro, você só leva
Quem for vivo na Terra,
E quando você chegar,
Me ache no pé de serra
Ainda vivo. Numa ocasião
Ela veio e ficou perto sim
Do meu leito e indagou
Olhando bem para mim:
“Ei cara, estás preparado
Para ir hoje comigo?”
Simplesmente respondi:
Se eu estiver, irei
contigo,
E se eu não estiver irei,
Pois não vejo escapatória.
Então, é você quem sabe,
Não darei grito de vitória
Antes de chegar ao final.
Daí a Morte comentou:
“Esse cara, não tem nada
A perder, por que eu vou
Levar ele agora? Se não
Causará revolta na Terra?
Não, deixarei sossegado,
Neste amado pé de serra.”
Quando alguém me ouviu,
Ficou meneando a cabeça
E falou com mais ironia:
“Não estás com a cabeça
Certa!” Daí eu o convidei:
Vem trabalhar, senão vais
Morrer de fome ou ficar
Esperando por teus pais.
Alguém indagou com mais
Ironia: “Eu trabalhar?
Estás louco, ó meu amigo!”
Eu falei: A Morte te
levará
Por causa da tua preguiça.
Pois ela sabe muito bem
Que os preguiçosos
Chance na Terra não têm.
Então é melhor ela os
levar
Para outra Dimensão,
Que não precisem fazer
Nada para ganhar o pão...
Mário Querino – Poeta de
Deus
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