Poeta Mário Querino & D. Maria José 09/02/2018 |
Alguém vivia murmurando
Quando estava perto
Do Poeta, o amigo baiano.
Não achava nada certo,
Do jeito que o seu tempo
Amanhecesse o dia,
Alguém já tinha lamentos,
Como gente sem alegria.
Murmurava de maneira
Que a sua vida era má,
Pois ficava a vida inteira,
Somente para murmurar.
Rezingava disso e daquilo,
Uma insatisfação danada,
Não vivia um dia
tranquilo,
Era na rua, em sua casa,
No seu trabalho, na Igreja
E aonde chegava dizia
Algo da terrinha sertaneja,
Ora, algo sem fé e alegria.
Daí, um dia o Poeta quis
Mostrar-lhe a realidade,
Para lhe deixar bem feliz,
Sem essa vil calamidade.
Então procurou explicar
Que a vida sempre foi
E será assim neste lugar.
Daí aconselhou depois:
“Cara, se você acha ruim
Viver deste jeito na
Terra,
Por que não faz assim,
Se muda do pé de serra,
E o lugar mais adequado
Para você viver bem,
Sem o mal-estar danado,
Que você sempre tem,
De fato, é o Céu. Que tal? ”
Alguém assim respondeu:
“Claro, que é lugar ideal,
Mas como lá chego eu?”
O Poeta disse: “Só morrer
Crendo que Jesus Cristo
É o seu Salvador. Se crer
Você acabará com isso,
E claro, vai viver
tranquilo,
Sem carecer lamentação.”
Alguém ficou descontente
E achou o viver no sertão
Bem melhor que morrer,
Mesmo indo para o Céu.
Porque no sertão ele ver
Tudo, e acima do chapéu,
Não tem o saber de nada.
Daí ele olhou para o
Poeta,
E comentou dando risada:
“Depois desta conversa,
Eu vou ficar bem tranquilo,
Pois há gente pior que eu,
Passa por isso e por aquilo,
E sempre dá graças a Deus. ”
Mário Querino – Poeta de
Deus
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