Poeta Mário Querino 27/02/2018 |
O que me atrela atenção
Neste mundo civilizado,
É alguém passar precisão
Quando novo, e de grado
Se deixa ficar radiante.
Por que sofre e não tem
A força de atuar errante,
E depois de velho vem
Praticar tantos delitos
Que o mundo inteiro,
Incluindo meu Distrito,
Pensa no falso dinheiro,
Que sempre faz indução,
Que até mesmo Doutor
Se deslumbra em milhão
Que pra tê-lo não ralou?
É claro, faz crescer sim
Os olhos da pessoa,
Ainda cônscio de um fim
Que não será coisa boa.
Tenho essa ideologia:
Se eu só posso comer
Apenas um pão por dia,
De 25 centavos, por quê
Eu vou querer 1 milhão
De reais, ainda injusto?
É claro, o meu coração
Passará por decepção.
Então eu vejo que seja
Um tempo perdido
Da pessoa que almeja
Um viver enriquecido
E quando se torna rica,
Não poderá usufruir,
E é detido pela Justiça
No tempo em dormir
Sossegado, comer
À vontade, ser liberto,
Andar feliz até ao fim
De cabeça içada, perto
De sua família: mulher,
Filhos, noras, netos, ou
Bisnetos que com fé
Já são filhos de Doutor.
Qual foi o bom proveito
De tanta riqueza ilícita,
Que agora é sujeito
Ficar a critério da Justiça?
Não, só quero que o pão
Nunca me falte um dia.
Que eu tenha razão
De comê-lo com alegria.
Mário Querino – Poeta de Deus
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