Poeta Mário Querino 22/02/2018 |
Hoje já é quinta-feira,
Vejo que este tempo
Passa em Bananeiras
Como passa o vento.
Que mistério é esse?
Claro, é ter a vida feliz,
Sem muito interesse
Em algo que por um tris
Tudo se acaba na vida.
É viver ao lado de Cristo,
Tendo entrada e saída
Com regozijo no Distrito.
É amar as pessoas sim,
De todo o coração,
Tê-las tintim por tintim
Sem nenhuma acepção.
É se considerar gente,
Que veio ao mundo nu,
E por ser inteligente
Impetra em Pindobaçu
Algo para viver melhor
Entre irmãos e amigos.
É ser ciente que ao redor
Existem muitos perigos,
E precisa viver atento.
Por isso os meus dias
Vão agora como vento,
E eu nunca que sabia
Que felicidade depende
De cada um de nós,
Tinha grande ansiedade,
Não queria ouvir a voz
De Deus nenhum tempo.
Claro, me achava o tal,
Mas vivia só de lamentos,
Murmurando ao pessoal:
Este dia está tão custoso,
Ainda são 10 horas...
Este labor deixa nervoso,
Eu já queria ir embora...
Hoje, já penso diferente:
As horas são apressadas,
Passam tão de repente,
Que não faço quase nada.
São 17 horas e 50 minutos
E tanto o que eu fazer...
O tempo passa como vulto,
Que a gente nem lhe ver.
Então, este é o mistério,
Viver fazendo o bem
Cônscio que o Cemitério
Nos espera também.
E que viemos nu do pó
E ao pó voltaremos nu.
Não há coisa melhor
Aqui em Pindobaçu,
Do que ser amigo sim,
De todos sem acepção.
Este saber veio a mim
Por amar-vos de coração.
Mário Querino – Poeta de Deus
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