Poeta Mário Querino 11/09/2018 |
Um pobre homem ficava
Num lugarzinho à parte,
Escutando um Bom-dia
De pobres e de destaque.
Sempre passava alguém
E dizia a sua má piada.
O pobre homem calado,
Mas sempre observava
Os dizeres desse alguém
Que com ironia falava,
Quando nesse ambiente
Ele todo bonito passava.
Sempre ele inventava,
Um mal cheiro diferente
Para com ironia falar
Ao passar no ambiente
Aonde esse pobre ficava.
Um dia o pobre homem
Necessitou de reagir sim,
Claro, não usou nomes,
Porém, redarguiu assim:
Sinceramente, ó amigo,
Antes eu não tinha não,
Este mal cheiro sentido,
Mas na verdade, estou
Também sentindo agora.
Antes eu sentia o cheiro
Dum Boticário, embora,
Esteja tão forte o mal
Cheiro neste momento,
Não dar para saber
De onde vem. No tempo
Em que estava sozinho,
Francamente, não sentia
Este mal cheiro abusado,
E isso já sucede há dias.
Já me perguntei assim:
Será chulé exalando
Dos meus sapatos?
Vou ficar observando.
Porque antes não sentia
Como estou sentindo,
Nem minha esposa falou
Respeito... Está fingindo
Para não me contrariar?
É bom saber donde vem
Este mal cheiro que sinto
No momento também.
Sempre nesta hora vem
Este mal cheiro pra aqui.
Não acho isso normal,
Pois o Boticário que senti
Antes... Então, quem será
O gerador do mal cheiro?
Alguém ficou sem graça,
Olhando o tempo inteiro
Para esse pobre homem.
E o pobre homem ficou
Meneando a sua cabeça,
Porque alguém se tocou
Que a sua grande ironia
Foi de água abaixo.
O pobre homem cheirava
Só Boticário, e de fato,
Causava inveja e ciúme.
Pois alguém achava sim,
Que só ele poderia usar,
Mas sua ironia teve fim.
Mário Querino Poeta de Deus
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