Poeta Mário Querino 18/09/2018 |
Eu analisando a conduta
De pessoas amigas sim,
Vi que a coisa não é não,
Bem favorável para mim.
Claro, quando podemos
Ajudar a pessoa amiga,
Somos os tais e elogiados,
Mas a palavra negativa
Que sair da nossa boca,
Quem ouvir não aceitará
Numa boa, acha que nós
Não queremos ajudar,
Porque dizemos um não
No momento mais certo.
Minha mãe dizia a mim:
“Filho, bota no intelecto
O ditado que diz assim:
‘Se você servir 99 vezes,
E não der para inteirar
As 100, nada você fez.’
Pois alguém não percebe
Que no momento você
Passa por dificuldades,
E ajudá-lo não vai poder.”
Foi por isso que meu pai
Nunca me dispensava,
O dinheiro que sempre
Feliz ele me emprestava.
Às vezes eu tomava sim,
A ele um dinheiro, mas
Francamente vou falar:
Achava má a ação de pai,
Pois quando eu ia pagar,
Já saía de casa pensando:
Se meu pai perdoasse,
Feliz eu voltaria pulando.
Pois vou devolver, mas
Estou deste precisando
Mais ainda que antes!
E saía de casa pensando
Até chegar à casa de pai.
Quando lá eu chegava,
E dizia: Aqui, ó pai, o
seu
Dinheiro. Daí ele pegava,
Eu regressava pensativo:
Meu pai não perdoou...
E eu já estou precisando
Mas o que fazer eu vou?
Hoje, já entendo que pai
Era um varão analfabeto,
Contudo, era um senhor
Inteligente e honesto.
Pois ele tinha 11 filhos
E uma esposa, e lidava
Na roça. Ora, não podia
Perdoar, quando dava
Um empréstimo a mim.
Pois ele pensava nisso:
“Se eu perdoar, ele vai
Precisar de novo, é visto,
Pois ele vem tomar sim,
Dinheiro emprestado.
E no dia em que eu não
Puder, ficará chateado.
Então, eu sinto muito,
Mas, eu pego de volta,
Guardo num cantinho,
Quando vier, eu possa
Lhe emprestar de novo.
Pois no dia em que eu
Disser que não tenho,
Ele não entenderá meu
Lado, minha dificuldade.”
Mas só após sua morte,
Minha irmã me falou
Isso. E agora com dote
Descrevo esta poesia
E mostro como a vida
É repleta de novidades,
E nos faz gente sabida.
Depois que meu pai foi
Para a outra Dimensão,
A vida para mim ficou
Com mais satisfação.
Porque o Senhor Deus
Passou a cuidar de mim,
Melhor do que meu pai,
Porque eu vivi até o fim
Na sombra de Antônio,
Mas quando ele morreu
E a sombra se acabou,
Entrou em ação Deus...
Mário Querino – Poeta de
Deus
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