Poeta Mário Querino 24/09/2018 |
Numa empresa havia
Um encarregado sim,
Que lidava sem gosto,
Tudo pra ele era ruim,
Isto deixava nervoso.
Certo dia foi ao portão
E começou a lamentar
Sobre a nobre função.
Então disse ao guarda:
“Função boa é a sua,
Só sentado na cadeira
Contemplando a rua,
Ora, sem se preocupar.”
O encarregado era sim,
Agastado na empresa,
Sua função achava ruim,
Ser guarda era especial.
O guarda era um sábio,
Chegou no Escritório
E teve um bom diálogo
Com seu chefe maior.
Daí combinaram sim,
Uma brincadeira boa,
O encarregado ruim
Achou. O chefe maior
Chamou o encarregado
Para fazer a combina
E lhe deixar agradado,
Disse ao encarregado:
“Meu caro amigo,
Pensei em algo melhor
Pra te deixar agradecido.
Hoje, eu tive uma ideia
Que vai te deixar feliz.
Espero que seja legal,
Você isso sempre quis.
Você sabe que o guarda
Ganha salário mínimo,
E você ganha 4 vezes...
Farei o que vive pedindo
Pra ver você muito bem.
À partir de segunda-feira,
Você assumirá o setor
Do guarda a vida inteira,
E o guarda vai assumir
O lugar do encarregado. ”
O encarregado abrumou,
Ficando desanimado.
Após fez lamentações:
“Eu ganho 4 vezes mais
Que esse guarda,
Perderei? O Senhor vai
Dar as minhas contas,
Não vou ser guarda,
Eu prefiro ir embora,
Que função rebaixada.
O chefe maior alegou:
“Não, não vou mexer
No seu bom salário,
Eu só vou te promover.”
O encarregado não
Quis, e preferiu sair.
Por que ser um guarda
Iria lhe regredir.
A índole do homem
É querer mandar
E nunca ser mandado,
O encarregado ia ficar
Com o mesmo salário,
Mas ao pensar de ser
Submisso ao guarda,
Preferiu sim, perder
O seu bom salário.
Então dá a entender,
Pois é melhor mandar
Do que ordem receber.
Claro, o encarregado
Disse que a função
Do guarda era boa,
Porém, com gozação.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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