Poeta Mário Querino 13/09/2018 |
Eu avaliando meu viver
Descobri uma vaidade,
Que trouxe desprazer
Em minha comunidade.
Pois bem, queria andar
Somente de aparência.
Fiz esforço pra comprar
Terno que dá presença
Sim, a qualquer usuário.
Então o desejo era sim,
Grande, adquiri salário
E comprei-o para mim,
Certamente à prazo,
E fiquei endividado sim,
Mas quando realizado
O pagamento, pra mim
Não está mais servindo.
Então estou escrevendo
O que estou sentindo
No coração. Já sabendo,
Então eu disse: Pra quê
Terno no guarda-roupa,
Se neste recinto o viver,
Minha cultura é outra?
Como aparecerei sim,
Na reunião, se o povo
Que está perto de mim
Usa short e camiseta?
Que gosto no ambiente
Fora de uma comunhão,
Totalmente diferente
Desses outros irmãos?
Serviria pra ele de quê?
Obviamente de atenção
Votada para meu viver,
Não ao teor da reunião.
Então acho que foi sim,
Um sacrifício à-toa
Que apareceu a mim,
Para exibir às pessoas
Só com uma aparência,
Mas fora da realidade
E cultura. Quem pensa
Vê que isso é verdade.
Ser de Deus não precisa
Mostrar uma aparência,
Pois a sua própria vida
Já faz grande diferença.
Então devo controlar
E saber usar o dinheiro.
Não devo me endividar
No meu tempo inteiro.
Quem me enxerga bem,
Não vê minha aparência,
E sim, o que a vida tem
Feito com benevolência.
Eu sou Mário Querino,
Não vou ser Dr. Fulano,
Do sertão nordestino.
Vivo aqui trabalhando
Debaixo de sol e chuva,
Sujo, molhado e enfim,
Do jeitão, sem dúvida,
É vida que cabe a mim.
Mário Querino – Poeta de Deus
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