Poeta Mário Querino 04/09/2018 |
Quando um mestre
Se dedica em passar
Bom conhecimento
E começa a gritar,
Discípulos também,
Alto começam a falar.
Daí cria uma cultura
Sem saber expressar.
Exemplo, alguém ia
Andando numa rua,
E um amigo gritou:
“Ei, ei...” E a voz sua
Não foi ouvida não.
E sabendo o apelido,
Falei bem mais baixo:
Bananeira! E ouvido,
Ele olhou para trás
Dando uma atenção,
Em seguida fiz aceno
Com a minha mão,
Ele parou e esperou.
Daí me aproximei
Com uma voz serena,
E resultado alcancei.
Então para o discípulo
Alcançar aprendizado,
Não precisa o mestre
Gritar, gritar exaltado.
A Palavra branda faz
Com que o coração
Ache tintim por tintim
Uma boa educação.
Eu busco me controlar,
Pois sou duma cultura
Que me ensinou falar
Alto. E busco postura
De mestre afável sem
Precisar gritar tão alto.
Se os discípulos estão
Por perto, claro, acho
Que é falta de controle
E não por não saber.
Porém, tento mudar
E todos vão entender.
Quando estou perto
E expresso gritando,
Quer dizer que o copo
É presente e o fulano
Está realmente longe.
Falas baixo comigo,
Que responderei baixo,
Assim, somos ouvidos.
Se tu já falas tão alto,
E ainda usas microfone?
Achas que são surdos
Os modernos homens.
Jesus falava para 5 mil
Pessoas, sem microfone
E todo mundo Lhe ouvia.
E para 600 mil
homens,
Sem contar suas famílias,
O Profeta Moisés falou,
E todo mundo lhe ouvia
Falar sobre o Senhor.
Por que ouviam bem?
Porque davam atenção
E a Palavra era intensa,
Moisés falava de coração
Para corações, o melhor
Que o povo queria ouvir
Para ter uma liberdade
E das bênçãos usufruir.
Nem com animal devo
Falar fora do limite.
Eles não são surdos.
Imagina, quem existe
Cérebro inteligente,
Raciocina e que é capaz
De falar com sabedoria:
“Sou efígie e feição do Pai
Que fez os céus, a terra
E tudo que neles há.”
Então não é preciso não,
Um mestre alto falar.
Mário Querino – Poeta de Deus
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