terça-feira, 12 de novembro de 2019

QUANDO UM REI DESEJA ALGO, DEUS PERMITE, AINDA QUE SOFRA AS CONSEQUÊNCIAS

Brad Galvão 12/11/2019



Quando alguém vive
Em terra distante,
O que recebe engole,
Vulgar ou importante.


E ao viver na terra, vê,
Ouve, cheira e reflete
Antes de engolir tudo
Que na vida aparece.


Claro, eu aprendo sim
Com o Senhor Deus,
Que nem todo prato
É do estômago meu.


Por exemplo: Lasanha,
É um prato gostoso,
E come com prazer
O nosso querido povo.


Por que sei que é sim
Um prato gostoso?
Porque já comi muito
Quando eu era novo,


E o meu estômago não 
Tinha nenhum mal
Como já tem agora,
E recusa pão especial.


Onde eu quero chegar,
Claro, num patamar
Que eu possa com fé
E sabedoria comentar


Que muita gente vive
Distante desta terra
Intitulada Bananeiras,
Meu bom pé de serra.


Não reconhece nada,
Não ouve nada, não
Vê nada, não cheira
Nada e não tem ação


Para fazer nada aqui.
Daí recebe como besta
Qualquer comida sim,
E bota na sua cabeça


Que tudo é verdade,
E o nosso povo está
Sem o seu devido
Cuidado. Isso é falar


Como a ave papagaio,
Que só fala se o dono
Passar anos perdendo
Valioso tempo, pondo


Na cachola o que falar.
Então, nesse caso
Engolir tudo é lícito,
E eu ficarei calado.


Pois todos têm direito
De ouvir, falar, cheirar,
Vê e fazer o que quiser,
É claro, sem prejudicar


A quem vive tentando
Fazer aqui algo mais,
Para deixar ditoso
Este povo que já faz


Com amor e por amor.
Então será melhor
Eu somente observar
O que estiver ao redor.


Pois pensando bem,
Quem eu via “santo”,
No tal eu vi falsidade
E há apoio. Enquanto,


Os desvalidos fazem
Manter a obrigação,
E ainda desprezados,
Chegam com opinião


Até o fim. Não é bom
Ouvir, falar, cheirar,
Ver, fazer sem refletir,
Sem parar e estudar


Sobre o argumento
Que quer proclamar,
E não se contradizer,
E ainda não prejudicar


A quem acudiu e quer
Continuar ajudando,
No planeta Terra,
No cantinho baiano.


Observo tudo com fé,
Amor, e por amor,
Para não fazer asneira
E nem ouvir clamor.


Não ver tanta injustiça,
Não cheirar maldade
E nem cometer crime
Entre esta Sociedade.


Então é melhor sim,
Eu parar, para ouvir,
Para ver, para cheirar
E não querer invadir


Direitos dos outros,
Que podem até trazer
Complicação à vida,
E algo bom se perder,


Sobretudo o Amor,
Por viver frustrado
Diante da falsidade
Em espaço exaltado,


O olhar é para o Céu,
E o coração é ligado
No estômago e tripas
Que não são saciados,


Em todas as áreas
Desta vida na terra.
Por isso darei trégua
No meu pé de serra.


Não é por regressar
À loucura passada,
E sim, por entender
Que a vida é baixada,


Já sem direito de ser
Feliz ao lado da varoa
Ou do varão. Antes
A vida não era boa  


Nos dias de meus pais,
E não chegou ao ponto
Que vivemos agora,
Porém, estou cônscio


Do almejo dum Cantor  
Que disse feliz demais:
“Eu queria ser civilizado
Como os animais.”


Então, tudo que um rei
Quer, certamente Deus
Lhe permite, e chegou
Esta era, e ele perdeu,


Por já ter chegado sim
A sua terceira idade.
Mas os jovens já estão
Fruindo dessa vontade


Que esse Compositor
E Cantor queria demais,
Ser assim tão civilizado
Como nossos animais.


Mário Querino – Poeta de Deus 

Poeta Mário Querino 


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