Poeta Mário Querino 27/11/2019 |
Chegando ao 58 anos,
Daqui a uns 135 dias,
No cantinho baiano,
Já espero com Alegria,
Paz, Amor e Acuidade.
Fui, sou e sempre serei
Assim na Comunidade,
Ainda louco, não mudei
O meu procedimento,
Quer dizer, obrei mal.
Pois meu pensamento
Há controle espiritual,
Mesmo eu tendo sim,
Almejo de fazer algo
Que o povo ache ruim,
Sou logo controlado.
Alguém pode indagar:
“Como você consegue
Viver assim neste lugar,
Que o povo já percebe
Que você é um cara
Completamente fora
De tudo, e não declara
O seu viver até agora,
Para ninguém da terra
Intitulada Bananeiras,
Seu amado pé de serra
Onde fica a vida inteira
Controlado e resistindo
Todo tipo de maldade?”
O que o Mário Querino
Deve com sinceridade
Objetar para alguém?
Certamente, só isto:
O nascer de novo tem
A vida em Jesus Cristo,
E não sou besta não,
Para eu esperar nascer
Quando num caixão
O povo daqui me ver
E após me levar sim
Ao Cemitério da Paz,
Onde jogarão em mim
Terra, que nunca mais
Terei chance de voltar.
Pois minha mãe dizia:
“7 palmos vão cavar
Para pôr entre agonia
O seu corpo dentro
Do inevitável caixão,
Jogarão com lamentos
Terra, e não terás não,
Mais chance de o povo
Lhe ver mais na Terra.
Deves nascer de novo
Neste bom pé de serra,
Antes de chegares lá
Dentro da sepultura,
Pois dela, nunca sairás.”
Indaguei: Ó criatura,
Como eu nascer aqui,
Se já estou nascido?
Ora, minha mãe sorrir,
E após o seu sorriso,
Falou com sabedoria,
Embora, sendo mulher
Analfabeta: “Um dia,
Eu sei, Jesus de Nazaré
Lhe preencherá sim
Do Espírito Santo,
E tintim por tintim,
Verás o quanto
É bom nascer antes
De lhe porem na cova.
Porque lá há bastante
Terra, e não tem nova
Vida, serás apenas pó.
Então, trabalhes, fruas
Do fruto melhor
Porque esta vida sua
É para viver contente
Todos os dias na Terra,
Pra que velho doente
Ter neste pé de serra
Grana presa no Banco
E passar necessidade,
Ver algo com encanto,
Morrendo de vontade
E não ter, só para dizer:
“Eu tenho R$ X, sou
O cara cheio de prazer!”
E o Espírito do Senhor,
Lhe dizendo: “Ó cara,
Nasças agora em Paz,
Enquanto tens fala,
Ouve, vê, cheira e faz
Alguma coisa boa sim,
Porque ao morrer,
Tudo chegará ao fim,
Na outra vida, você
Não vai precisar não,
De nada disso da Terra.
Frua do que o coração
Almeja no pé de serra.
Senão, todo o teu labor
Será inútil, passou fome,
De carestia reclamou
E deixará para homens
Que nunca esquentou
A sua própria cabeça,
Para possuir com labor
Algo de bom no Planeta.
E já deixará tudo isso,
Para quem te chamou
De morto de fome...
Mas para esse ralou...
Mário Querino – Poeta de Deus
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