Não tenho mais dúvida
De nenhum julgamento,
Pois quando há crime,
Sei, nenhum elemento
Afirmará que praticou,
Se o Juiz lhe condenar.
Então, é melhor fazer
Uma análise até achar
Esse acusado convicto
Que de fato, ele é réu.
Quem na Terra jurará
Ou tirará o seu chapéu
Para confessar que fez
Algo de errado na vida,
Se a Justiça estiver sim
Fazendo uma precisa
Acusação pra lhe arguir?
Qual a mulher que trai
Ao varão, e feliz da vida
Confessar para ele vai?
Por que um cara gera
Um filho fora da família
E para assumir é preciso
Com ação, seguir a trilha
O Laboratório de DNA?
Por que não confessar?
Porque ninguém quer
Nesta vida se prejudicar,
Ainda cônscio de tudo
Que já fez, dirá assim:
“Eu desconheço o fato,
Tire esse julgo de mim,
Eu nem fui nesse lugar!”
Ainda o Juiz mostrando
O vídeo do acontecido,
O cara segue negando,
A ponto de combinar
Com o bom Advogado,
Para dialogar melhor
Com o seu Magistrado.
Ora, se eu ver alguém
Praticando um delito,
E assim eu lhe indagar:
Foi você quem fez isso
Ou aquilo, que afetou
Fulano de Tal, ó Fulano?
Qual resposta que terei
Desse cara? Pensando
Bem, é a interrogação
Mais besta que eu faço.
Pois ninguém afirmará
Crime, se existir espaço
Para se sair numa boa.
E para redigir a verdade,
Eu uso o nome de Jesus,
Mestre das autoridades,
Que também não quis
Assumir o que Ele é:
O Cristo, o Rei. Então,
Pilatos Lhe pôs de pé
Para Lhe indagar assim:
“És tu o rei dos judeus?”
Respondeu Jesus:
“Tu o dizes.” Penso eu:
Ninguém confessa não,
Algo que prejudica sim
Sua vida aqui na Terra.
Se Jesus viveu até o fim
Cônscio que era o Rei,
Do povo judeu, e não
Quis declarar a Pilatos,
Por uma precaução,
Uma pessoa temente
Dirá que cometeu algo
Que o juiz lhe julgará
E deixará condenado?
Qual mulher que dirá
Quando o seu marido
Perguntar: “Me amas?”
“Nenhum pouco amigo!”
Claro, ainda que esteja
Apanhando, ela dirá:
“É claro, que eu te amo!
Tu quem me faze chorar.”
Então, é uma pergunta
Besta que alguém faz
A quem cometeu delito
E pela Justiça vai
Prestar o depoimento
Se eu vi cometendo
Digo: Não sou Advogado
Para agora defender,
E nem tampouco
Juiz para condenar. Então,
Vá se livrar dos outros...
Mário Querino – Poeta de Deus
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