Ora, se eu fosse ligar
Para tudo que vejo,
Ouço, cheiro, falo
E faço neste lugarejo,
A minha vida seria
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
A maior frustração
Inesperada por mim.
Por isso eu já tento
Viver calmo até o fim.
E assim, eu percebo
Que há mais resultado.
“Por que Mário Querino?”
Ora, porque eu calado
Evito coisas horríveis
Entre amigos sim,
Que sem querer fazem
O meu viver ficar ruim.
Mas a culpa é minha,
Eu não sou obrigado
Fazer aqui na Terra
O que eu acho errado.
O que eu fizer cônscio,
Devo assumir o efeito.
Por isso penso antes
De tudo ser feito.
Porque as coisas vão
Conforme a mente.
Se a mente refletir
Bem sim, obviamente,
Tudo terá novo astral.
Então, pare, pense
E siga conforme seja
O melhor pra gente.
Claro, se eu fosse dar
Atenção aos fatos,
A minha vida seria
Na Terra um fracasso.
Portanto, deixo a vida
Levar-me como Deus
Permite na Terra
Onde ditoso vivo eu
Sem dar importância
As coisas que a vida
Oferece para todos,
E não são incididas.
Quando a gente faz
Bom discernimento
Separa o bem do mal
Ainda no pensamento.
Ora, se eu fosse ligar
Para tudo que vejo,
Falo, ouço, cheiro
E faço neste lugarejo,
Não sairia do fundo
Do poço onde eu
Um dia cair sim,
E certamente Deus
Me tirou com vida,
Para eu continuar
E chegar até o fim,
Claro, sem rezingar
Ao lado de D. Marisa,
Mulher que faz sim
De tudo pra melhor,
Pra ela e para mim.
A minha mãe dizia:
“Nem tudo que ouço,
Vejo, falo, cheiro
E faço, trará gosto.”
Então, não é bom
A gente dar apego
Em tudo desta vida,
E o grande segredo
De não dar acuidade
Em tudo é a revolta.
Pois por mais que faça,
Alguém fecha a porta.
“O que fazer então?”
É andar no limite,
Assim, não terá raiva
E fruirá com ledice
Tudo que cabe sim
Na vida de alguém.
Agora, se apegar, não
Se sairá muito bem.
Mário Querino – Poeta de
Deus
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