Hoje, ao anoitecer
Comecei a analisar
Os meus textos sim,
Claro, poéticos, e dá
A me entender que,
A palavra redigida
Tem causado algo
Estranho na vida
Dos ternos leitores,
E o que fazer agora?
Simplesmente isso:
Redigir algo da hora.
“Como assim, Mário?”
Ora, o que o povo
Mais admira sim,
Neste Mundo novo.
“E o que o povo mais
Admira neste tempo?”
Ora, quanto mais for
Ideia de sofrimento,
Mais ainda isso há.
Quem assistiu algo
Ou coisa de intuição,
O que é sim errado
E faz dó? Isso tem
Mais admiradores,
Sem dúvida. Falas
Que houve terrores
Num lugar, que tu
Serás bem ouvido,
Falas sim, que Deus
Abençoou um amigo,
Que tu vais ficar só,
Falando para o mato.
Por isso eu analisei
Meus textos chatos
Que vão se exibindo
Chatos para o povo.
Então preciso ver
Como redigir de novo.
Ah! Encontrei a ideia:
Vou falar sobre amor
Que um dia eu tive
E logo o vento levou,
E fiquei na solidão,
Sozinho, sozinho sim,
Sem ninguém olhar
Com ledice pra mim.
“Por que ficou só?”
Porque sou o Mário
De 60 anos de idade,
E era sim necessário,
Um xará no Distrito,
Porém, estou tão só
Que, até meu nome
Fica só. Claro, o pior
É que o meu coração
É romântico, apaixonado
E sentimental. Ora, eu
Estava redigindo errado,
Digo, contra o povo.
Agora, vou mudar
O modo de escrever
Para melhor agradar
Aos ternos leitores,
Contudo, só é teste,
Porque a gente pode
Redigir na Internet
Tudo que pensa sim,
Ainda que prejudique
Os ternos irmãos
Que ficam tristes.
Mário Querino – Poeta de Deus
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