Às vezes a gente faz
Um relato e alguém
Pode achar duro sim,
Mas nesta vida tem
Gente que precisa ter
Essa devida coragem
Para relatar com fé,
Vigor e boa vontade.
Ora, doa a quem doer,
Até sim, em si próprio,
Porque nada deve
Ocultar, se o negócio
Pesar na consciência
De quem aqui já deve,
Não tenho nada a ver,
E para mim está leve.
Ora, eu não sou não,
Aqui nenhum menino,
Para eu não sentir
No espaço nordestino
Remorso quando eu
Erro no pensamento,
Nas palavras e ação.
Ora, meu sofrimento
Neste vasto planeta
Intitulado Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra,
É lícito, pelo que eu fiz
Faço e já penso aqui
No cantinho do Brasil,
País onde eu nasci,
Cresci e vivo bem feliz
Com a minha vida
Ao lado desta Mulher
Intitulada D. Marisa.
Ora, se eu fosse santo,
Não sofreria assim,
Mas volto e comento:
A dor que vem a mim
É bem menor do que
A que já veio e vem
Aos homens santos.
Ora, na Terra não tem
Ninguém livre não,
Desse tal sofrimento.
Jesus Cristo sofreu
Desde o nascimento.
Ora, tem uma pessoa
Que nunca sofreu
No planeta Terra,
É quem não nasceu.
É óbvio, quem aceita,
Sofre bem menos.
Por isso não ligo
Pro sofrer, já entendo
Que a vida é melhor
Encarando tudo
Na boa do que eu
Buscar algo absurdo.
Às vezes uma pessoa
Procura o sacrifício
Somente por ilusão.
Quem nos dará isso
Ou aquilo sem visar
Um bom retorno?
Quem não percebe?
Somente quem é tolo.
Obviamente me veio
Gente oferecer algo,
Com palavras bonitas,
E entrei no diálogo
Com palavras simples,
E acabei sufocando
As palavras que ouvi
No cantinho baiano
Titulado Bananeiras.
Por que eu sufoquei?
Porque eu fui direto
Dizendo: não gostei,
Por isso eu não quero!
Daí então, fiquei só
No meu cantinho
Usufruindo o melhor.
Com mais um tempo,
Vi alguém clamando
E arrependido sim
No cantinho baiano.
Então, muitas vezes
Quem causa a dor,
É a gente mesmo,
E não, o meu Senhor,
Que quer nos ver
Ditosos da vida.
Por isso tenho razão
De elogiar D. Marisa,
Ainda com vida sim,
No planeta Terra,
Sobretudo no Distrito,
Meu bom pé de serra.
Porém, eu já aprendi
Que, não devo não,
Gabar gente antes que
Morra. Por que então?
Porque ao receber
O poder, logo muda
De procedimento sim,
E olvida, sem dúvida.
Pelo que a D. Marisa
Já fez sim, por mim,
Ainda que haja aqui
Decepção, até o fim
Viverei ditoso da vida,
Por ter bagagem boa
Para me nutrir entre
Estas ternas pessoas
Que vivem no planeta.
Por isso vigio e oro,
E quem sabe é Deus,
Porque eu já imploro.
Ora, a minha palavra,
Pode ser dura e doer,
Mas minha intenção
É mostrar bom viver
Ainda que alguém
Fique contra a mim,
Porém, depois virá
Dizendo bem assim:
“Cara, você tem razão
De escrever assim,
Pois agora eu estou
Com meu viver ruim,
Eu achava que você
Era cafona, careta
E tabaréu da roça,
Que neste Planeta
Vive somente para
Escrever poesias
Que são duras para
A gente hoje em dia.
Talvez, se eu tivesse
Te ouvido na Terra,
Sobretudo no Distrito,
Amado pé de serra,
Eu não estaria agora
Sofrendo esta dor,
Mas se sofro, por ser
Sim, um merecedor.”
Mário Querino - Poeta de Deus
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